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A “Trend do Carregador” tem ganhado grande repercussão nas redes sociais, especialmente no TikTok. A tendência, que inicialmente parecia inofensiva ao mostrar carregadores de celulares, despertou preocupação entre especialistas e autoridades. Segundo investigações, criminosos podem estar utilizando essa trend como um código para a troca de imagens impróprias.
Para esclarecer os riscos dessa tendência e como proteger crianças e adolescentes no ambiente digital, o Acorda Cidade conversou com a psicóloga Priscila Lima, que destacou a importância de os pais estarem vigilantes e atentos para os conteúdos acessados pelos filhos nas redes sociais.
A psicóloga destacou que crianças e adolescente, normalmente, são curiosos e não tem um discernimento para avaliar os riscos de uma determinada situação, a exemplo da “Trend do Carregador”, por isso a importância de os pais estarem atentos.

“Os desafios que estão na internet acabam acometendo essas crianças e adolescentes, por causa dessa exposição. Esse é um público muito vulnerável e eles não conseguem ter um discernimento de que tipo de exposição estão fazendo nas redes sociais, além disso eles estão num processo de formação de identidade. Hoje temos os influenciadores que muitas vezes lançam tendências ou propagam desafios que atraem a atenção dos jovens. Os adolescentes são mais suscetíveis a influências por conta da pressão social, eles buscam aceitação e validação, numa tentativa de se identificar”, alertou.
Por isso Priscila Lima destaca que, além da vigilância, o diálogo constante e aberto entre pais e filhos é a melhor estratégia para proteger esses jovens. Além disso, ela cita também o papel da escola e de toda comunidade que está na convivência com essas crianças e adolescentes.
“É preciso que esses pais estejam dispostos a ouvir e a proporcionar um ambiente seguro, acolhedor e de apoio emocional para essas crianças e adolescentes. Os pais, a escola, eu vejo como um conjunto, eles podem adotar estratégias que envolvam comunicação, como ensinar os aspectos positivos e negativos da internet, fornecer a criança e adolescente atividades offline com estabelecimento de limites e regras claras. Isso é necessário porque o pai precisa saber o que o filho está acessando. É preciso que haja essa comunicação e a escola e a comunidade podem fornecer palestras e discussões”, declarou.
A especialista afirma ainda que ferramentas e recursos digitais de monitoramento é um direito e um dever dos pais, pois eles precisam ter acesso aos conteúdos que as crianças estão acessando.
“Os pais precisam saber quais são os aplicativos, quais os conteúdos, com quem a criança está conversando. É importante a comunicação com os filhos, explicar o porquê de tais ações, explicar porque ele está sendo monitorado, para que eles saibam usar a internet com sabedoria”, destacou a psicóloga Priscila Lima.
Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade
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