O secretário Municipal de Planejamento de Feira de Santana, Carlos Brito, reagiu a algumas declarações feitas pelo deputado Zé Neto durante entrevista ao programa Acorda Cidade na manhã desta quinta-feira (26).
Segundo Brito, “alguns pontos precisam ser esclarecidos” em relação ao projeto de duplicação do Anel de Contorno e sobre o Centro de Convenções.
“Quero esclarecer a verdade sobre um aspecto em relação ao projeto do Anel de Contorno. Se o projeto está licitado, já está pronto para ser implementado, a travessia urbana é uma prática que já estava no processo licitatório, o deputado gostou dessa palavra. O Dnit [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes] tem esse tipo de projeto e vem aplicando em diversos locais. Não foi ideia de discussão de audiência pública”, afirmou.
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O secretário disse ainda que essa obra não tem licença do município para execução. Segundo ele, o prefeito Colbert Martins solicitou diversas vezes o projeto, porém não foi entregue. Brito afirmou ao Acorda Cidade que teve acesso ao projeto e verificou que haverá impactos na área urbana e que, por isso, deve haver uma ação conjunta.
“Não foi pedida licença municipal porque, se a obra for realizada na área de domínio do Dnit, não precisa de licença. Só que aquele volume de água, o deságue da água do Contorno vai para a área urbana e vai prejudicar o pessoal da região, se não houver uma ação conjunta. Então o pessoal se nega a apresentar o projeto. O prefeito Colbert já pediu quatro vezes a cópia do projeto para que pudéssemos conhecer. Foi para o processo licitatório, fomos nos habilitar como pessoa física, pegamos, trouxemos o projeto e provamos que haverá interferência na área urbana. Porque senão vai repetir os erros passados. O conjunto Viveiros foi errado porque o governo federal, que está aí, fez errado, deu uma solução rodoviária para uma área urbana”, disse.
Centro de Convenções
Carlos Brito também questionou uma fala do deputado Zé Neto a respeito das obras do Centro de Convenções. Zé Neto disse que houve uma resistência do prefeito José Ronaldo em ceder uma área para a ampliação do projeto de construção, o que, conforme Brito, não aconteceu.
“O deputado não sabe que 12 mil metros daquela área foram doados pelo município com desapropriação paga com recursos do município e aquela área não foi vendida porque fizemos um tombamento provisório, senão estaria vendida a pessoas privadas. Quando se falou que o prefeito não quis e exigiu coisas, o que exigimos foi uma compensação de uma área que era nossa com uma área que estava abandonada. E outro fator que é muito importante, foi feita uma concessão por um gesto do prefeito Colbert. Não houve pressão de empresário. Do jeito que ele falou, parece que o culpado é o município e não é. Foi feito um projeto que, a preço de hoje, é mais de 600 mil reais e nós concordamos que esse projeto era de propriedade do município. Nós buscamos o arquiteto que fez o projeto e autorizamos que ele providenciasse as modificações”, afirmou.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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