A goleada sofrida pelo Brasil para a Argentina, na última terça-feira (25/03), aumentou a pressão sobre Dorival Júnior, que balança no cargo de técnico da Seleção. Antes mesmo da derrota em Buenos Aires, aliados do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, já questionavam o desempenho da equipe e cobravam mudanças.
Entre os nomes ventilados para uma possível substituição, aparecerem quatro nomes, entre eles o do técnico do Bahia, Rogério Ceni, que tem o apoio de dirigentes ligados à Federação Baiana, entidade próxima ao presidente da CBF. Porém, o ex-goleiro tem um acordo de longo prazo com o grupo City, o que inviabilizaria a ida para a Seleção neste momento.
Outro nome ventilado é o de Filipe Luís, atual técnico do Flamengo. O ex-lateral, que tem histórico na Seleção e bom relacionamento com jogadores, é apontado como uma opção semelhante ao que Lionel Scaloni representa para a Argentina. A ideia seria formar uma comissão com ex-atletas, assim como fizeram os rivais sul-americanos.
No entanto, a participação do Flamengo no Mundial de Clubes, entre junho e julho, pode ser um empecilho para uma eventual negociação com Filipe Luís.
Outro nome especulado é o de Carlo Ancelotti, que já esteve na mira da CBF, mas renovou com o Real Madrid. O contrato do italiano termina em julho, e há quem defenda aguardar uma definição sobre seu futuro.
Além deles, Roger Machado, ex-técnico do Bahia e atualmente no Internacional, também surge nos bastidores. Roger é visto como um nome alinhado à campanha contra o racismo, uma das bandeiras de Ednaldo Rodrigues.
A tendência era de que Dorival Júnior permanecesse no cargo ao menos até junho, mas a goleada no Monumental de Núñez pode acelerar sua saída. A CBF avalia os próximos passos, ciente de que o novo técnico terá pouco mais de um ano para preparar a Seleção para a Copa do Mundo.