A Polícia Federal (PF) apurou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha conhecimento de um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes em 2022. Apesar disso, Bolsonaro nega envolvimento e alega que “jamais compactuou com movimentos contra o Estado Democrático de Direito”.
Na terça-feira (19/11), uma operação da PF prendeu quatro militares e um policial federal suspeitos de planejar o golpe. Os investigados, que incluíam membros das Forças Especiais e um general da reserva, teriam discutido ações terroristas, incluindo ataques contra Moraes, então presidente do TSE.
As investigações indicam que o golpe não avançou devido à falta de apoio dos comandantes do Exército e da Aeronáutica na época. Esses líderes, ouvidos como testemunhas, implicaram Bolsonaro nas articulações.
O relatório da PF aponta “robustos e gravíssimos indícios” de organização criminosa e tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito. O caso integra o “inquérito do golpe”, que apura ações para impedir a posse de Lula após a derrota eleitoral de Bolsonaro.