Quem serão os vereadores eleitos para a Câmara de Salvador esse ano? Veja lista

No próximo domingo, dia 6 de outubro, a população soteropolitana vai decidir quem serão os 43 vereadores eleitos para a legislatura que iniciará em janeiro de 2025. O Informe Baiano esteve nos 171 bairros de Salvador, ouviu assessores, avaliou levantamentos internos e traz um prognóstico sobre a disputa esse ano. Vale ressaltar que esse estudo não é uma pesquisa. Trata-se de um texto opinativo sem base científica.

A expectativa é que o coeficiente esse ano gire em torno de 31 mil votos. Já a média eleitoral para conseguir uma cadeira deverá ser de 24 mil votos. Ou seja, é bem provável que a cada 24 mil votos, a legenda conseguirá uma vaga. Mas esse número pode variar para baixo, chegando até mesmo a 22 mil votos. Cada partido vai ter sua média eleitoral.

União Brasil – 8 vagas

O maior partido de Salvador, União Brasil, é liderado pelo prefeito Bruno Reis e pelo ex-prefeito ACM Neto. Deverá fazer a maior bancada de vereadores com pouco mais de 200 mil votos. Destes, pelo menos 60 mil serão votos de legenda. Sete nomes são apontados como grandes favoritos.

– Prováveis eleitos: Duda Sanches, Kiki Bispo, Paulinho Magalhães, Cláudio Tinoco, Cátia Rodrigues, Marcelle Moraes e Alberto Braga.
– Chances reais, brigam por uma vaga: Palhinha, Marcelinho Guimarães, Pedro Godinho, Pastor Elton e Binho de Ganso.

Federação PSDB/Cidadania – 6 vagas

Os tucanos lutam para alcançar pouco mais de 140 mil votos. Destes, 20 mil deverão sair das urnas na conta de Carlos Muniz, presidente da Câmara, franco favorito para ser o mais votado da cidade. Talvez seja a sigla com uma linha de mais candidatos competitivos.

– Prováveis eleitos: Carlos Muniz, Daniel Alves e Tia Jove.
– Chances reais, brigam por três vagas: Isabela Souza, Cris Correia, Alexandre Tchaca, Carol dos Animais, Téo Sena, Felipe Lucas, Rodrigo Amaral, Dudu Magalhães, Coronel Sturaro e Lourival Neto.

Republicanos – 4 vagas

O partido da igreja Universal conseguiu construir uma nominata consistente com três vagas bem definidas e a quarta em uma “briga de japonês”. Pastor Luis Carlos, vereador mais votado nas eleições de 2020 chega mais uma vez com muita força. Ele disputa voto a voto com o líder do PSDB, Muniz, a condição de campeão de votos na capital.

– Prováveis eleitos: Pastor Luis Carlos, Bispo Julio e Ireuda Silva.
– Chances reais, brigam por uma vaga: Beca e Kell Torres.
– Corre por fora: Malla e Leandro Guerrilha.

PP – 4 vagas

Os progressistas deverão ter surpresas e o pós-eleição promete dor de cabeça ao futuro prefeito. Há pelo menos 7 nomes competitivos.

– Prováveis eleitos: Maurício Trindade, Sandro Filho e Sandro Bahiense.
– Brigam por uma vaga: Jorge Araújo, Gordinho da Favela e Sidninho.
Corre por fora: Tiago Queiroz.

Federação PT/PCdoB/PV – 4 vagas

A situação do grupo de centro-esquerda é extremamente delicada. Esse ano, não tem candidato a prefeito para impulsionar os candidatos e ainda deverá ter um grande prejuízo nos votos de legenda. Na última disputa, com Major Denice, o PT teve 19 mil votos de legenda. Esse ano, em um cenário positivo, deverá alcançar 10 mil. Outro problema grave é a famosa ‘rabada’. Muitos postulantes desanimaram diante da alta popularidade do prefeito Bruno Reis (União).

– Prováveis eleitos: Marta Rodrigues e Hélio Ferreira
– Brigam por duas vagas: Augusto Vasconcelos, André Fraga, Suíca e Tiago Ferreira.
Correm por fora: Aladilce e Lessa.

PDT – 3 a 4 vagas

O partido é liderado em Salvador pela vice-prefeita Ana Paula Matos e pelo ex-secretário municipal de Saúde, Leo Prates, que foi o deputado federal mais votado de Salvador em 2022. O grande desafio da sigla é alcançar quatro vagas, o que não é fácil, pois vacilou na reta final da pré-campanha, durante a construção da “rabada”.

– Prováveis eleitos: Omazinho e Anderson Ninho.
– Brigam por uma ou duas vagas: Roberta Caires e Zilton.
– Correm por fora: Debora Santana e Sulivan Santos.

DC – 2 a 3 vagas

O DC e o co-irmão PRD são os partidos queridinhos do prefeito Bruno Reis. O primeiro é liderado pelo secretário particular do gestor, Igor Dominguez, que conseguiu montar uma das chapas mais competitivas. A sigla conta ainda com Ricardo Almeida, vereador de mandato que deve ultrapassar os 11 mil votos. O líder evangélico vem sendo lembrado nas pesquisas internas em todas as regiões. Outro nome forte é o do representante de Brotas e do Engenho Velho de Brotas, Marcelo Maia, que deve ter uma votação histórica em seu reduto.

– Prováveis eleitos: Ricardo Almeida e Marcelo Maia.
– Brigam por uma eventual vaga: Sabá e Alex Alemão.

PRD – 2 a 3 vagas

O PRD, co-irmão do DC, conseguiu a proeza de ter candidatos competitivos nos quatro cantos de Salvador. Em todos os distritos, é possível visualizar um representante do partido.

– Prováveis eleitos: Pastor Kênio e Dr. Zé Antônio.
– Brigam por uma eventual vaga: Fabio Souza e Jair Ferreira.

PL – 2 a 3 vagas

O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro não conseguiu nem mesmo fechar o número máximo de candidatos na chapa proporcional, no caso 44. Isso revela que Salvador não é uma prioridade para o presidente estadual João Roma, que evidencia está muito mais preocupado em manter suas bases no interior baiano, mirando uma vaga na Câmara Federal em 2026. Apesar dos pesares, conta na chapa com figuras fortes em Salvador. Além disso, o voto de legenda é um trunfo importante.

– Prováveis eleitos: Alexandre Aleluia e Cezar Leite.
– Brigam por uma eventual vaga: Soldado Prisco e Pastor Isnard.
– Correm por fora: William Farias, Alexandre Moreira, Capitão Porciúcula e João Henrique.

Podemos – 2 vagas

O partido conta em Salvador com a experiência do deputado federal Bacelar (PV), que deverá fazer portabilidade na próxima janela eleitoral. O Podemos tinha uma expectativa de eleger quatro cadeiras, mas foi alvo de investidas fortes da base do atual prefeito, o que gerou uma perda significativa. Mesmo assim, sobreviveu. A expectativa é atingir mais de 48 mil votos.

– Provável eleito: João Carlos Bacelar.
– Brigam por uma: Atan Uber e Randerson Leal.
– Corre por fora: Joanderson Bispo Pai.

Federação Rede / PSOL – 1 a 2 vagas

O grupo conta com a candidatura majoritária Kleber Rosa, o que deve contribuir com uma boa votação de legenda. Porém, o PSOL corre o risco de esquentar a marmita para o aliado Rede. O nome mais forte da sigla é o de Humberto Neto, que conta com o apoio do ex-vereador José Trindade, atual presidente da Conder.

– Provável eleito: Humberto Neto.
– Brigam por uma eventual vaga: Marcos da APLB, Hamilton e Laina Pretas por Salvador.

PSD – 1 vaga

O PSD deve garantir uma vaga e o fato de ser um partido mais neutro contribui. A sigla faz parte da base de sustentação da chapa do prefeiturável Geraldo Junior. Diante da dificuldade em dialogar com o povo ao lado do líder do MDB, muitos candidatos resolveram mudar de lado. E essa tática pode ter um resultado satisfatório.

– Provável eleito: Carlos Kléber.
Corre por fora: Felipe Santana, André Araújo e Alessandra dos Animais.

MDB – 1 vaga

O partido de Geraldo Júnior negligenciou na montagem da chapa proporcional e pagará nas urnas esse preço. A conta mais real é a garantia de uma cadeira. O provável eleito é o médico Davi Rios. Corre por fora Alan Castro.

PSB – 1 vaga

Os socialistas enfrentaram muitas dificuldades na montagem da chapa. Entre trancos e barrancos, devem garantir uma cadeira. Brigam por uma vaga: Silvio Humberto e Rodrigo Hitta.

PMB e NOVO – 0 a 1 vaga

Ambos sonham com uma vaga, mas contam com uma nominata abaixo da média. O PMB até tem um puxador de votos, o vereador Atila do Congo. Já o NOVO tem a vantagem de ter a empresária Luciana Buck, que chegou a ser cogitada para disputar a prefeitura.

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