A Câmara de Vereadores de Feira de Santana irá realizar, na próxima quinta-feira (23), uma sessão extraordinária para debater cortes nas despesas da Casa. A reunião foi solicitada pelo presidente, vereador Marcos Lima (União Brasil). Em pauta estarão medidas ostensivas, como a redução do valor do cartão-alimentação e dos proventos de cargos comissionados.
“Entendemos que alguns reajustes ultrapassaram os limites prudenciais e por esse motivo nós precisamos fazer essa correção. Contribuiu para isso não só o reajuste dos vereadores, mas também o reajuste de assessores, que eu entendo ser importante, mas ultrapassou bastante o número de cargos e valores”, disse o presidente.
A sessão deve começar no tempo regimental e contará com a indicação de parlamentares para compor as comissões especiais. Mas Lima disse, em entrevista ao Acorda Cidade, que o principal objetivo da sessão extraordinária é a correção de valores, que ele e alguns colegas acham que não condizem com a realidade do orçamento da Câmara.
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“Vou cortar na própria carne. Nós vamos fazer esses cortes, que entendemos ser importantes para podermos entrar no ano de 2025 com a tranquilidade de não ter problema lá na frente. Acredito que não vai ser uma sessão demorada, porque será extraordinária, justamente para aprovar em primeira e segunda discussão esses projetos de redução.”
Obra paralisada é obra sem fim
O presidente aproveitou a oportunidade para esclarecer sobre o andamento da obra do prédio anexo da Câmara de Vereadores, a obra está paralisada desde novembro de 2024. Lima afirmou que não tem muitas informações, pois a Casa ainda está passando pela transição de gestão, período em que a antiga presidência deixa a nova a par dos assuntos.
“Estamos aguardando a gestão anterior entregar toda a documentação à nossa presidência, mas já estamos fazendo os levantamentos junto aos tribunais e aos ofícios que nós temos aqui, para poder ver o que a gente vai fazer, porque é preciso finalizar essa obra e, para poder finalizar, nós precisamos dessas informações”, disse Marcos.
Lima contou que o responsável pela empresa que está realizando a reforma do prédio esteve presente durante uma das visitas que ele fez à construção. O presidente afirmou que, mesmo com os valores que pretende economizar aprovando o projeto de redução de despesas, certamente o montante não será suficiente para concluir o serviço, que pode ultrapassar a casa dos R$ 6 milhões.
“Mesmo com essas reduções, ainda a gente vai estar muito apertado, mas eu vou tentar fazer o máximo de economia para que eu possa, a partir do mês três ou quatro, ter alguma coisa já economizada para podermos dar início à conclusão da reforma. Esse é um objetivo nosso. Preciso ter recurso, o dinheiro que cai aqui na conta da Câmara é fixo, e esse recurso nós temos que economizar para poder investir na própria obra”, concluiu o presidente.
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Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
Reportagem escrita pelo estudante de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão da jornalista Daniela Cardoso
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