A regulação se tornou um problema na vida de pacientes e familiares que necessitam do serviço. Nesta segunda-feira (14), mais de 50 pessoas estão internadas em policlínicas e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Feira de Santana, necessitando da regulação. Um desses pacientes é Antônio Crispim Gomes, que tem diabetes e deu entrada na Policlínica do bairro Rua Nova na última terça-feira (8), com um ferimento no dedo do pé.
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O Acorda cidade conversou com o prefeito Colbert Martins da Silva Filho, para entender como funciona o processo de regulação. Segundo ele, a transferência é uma responsabilidade do Governo da Bahia e da Secretaria Estadual de Saúde. Ele criticou a forma como o serviço funciona no estado.
“Em vários estados do Brasil tem regulação, mas funciona com velocidade e rapidez. Hoje em Feira temos 54 pessoas aguardando regulação nas UPAs e policlínicas do município. Tem pessoas que estão lá há sete dias, tem pessoas que estão há 48, 24 horas”, informou.
O paciente com maior tempo na fila de regulação em Feira de Santana, está há 17 dias esperando para ser transferido. Ele tem o diagnóstico de tumor de cabeça e pescoço, tem 69 anos, e é do sexo masculino.
De acordo com o prefeito, 262 pessoas já morreram até hoje na fila de regulação em Feira de Santana, somente neste ano de 2024. Ele afirmou que a prefeitura tem feito a parte que lhe cabe, que é o primeiro atendimento nas unidades de saúde do município.
“Temos a capacidade de fazer o atendimento de emergência, mas os procedimentos na sequência, só podem ser feitos em hospitais públicos tipo o estadual Clériston Andrade. Todas as regulações são colocadas em uma tela de computador e são informadas diretamente a Central de Regulação do Governo do Estado, em Salvador. Cabe ao Governo do Estado chamar a pessoa e essa pessoa ser transferida para o local indicado”, explicou.
O prefeito Colbert Martins disse ao Acorda Cidade que a demora na transferência do paciente para uma unidade de saúde capacitada para o atendimento, prejudica a situação de saúde do paciente.
“Se uma pessoa precisa ser transferida com 24 horas e demora seis dias, o quadro dela vai piorando. Nas UPAs e policíclicas temos salas vermelhas, que é mais ou menos como uma UTI. Quando é necessário entubar, nós conseguimos fazer, mas por um tempo limitado, porque ali não é hospital. Quando você tem um paciente entubado, é necessário determinado nível de exames para fazer os equilíbrios necessários para manejar um paciente nessa complexidade e esses exames são feitos em hospitais com capacidade para isso”, disse.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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