Por que Feira de Santana não tem um centro administrativo?

Dilton Coutinho
Foto: Iasmim Santos/Acorda Cidade

A recente denúncia sobre o abandono da estrutura do Centro de Saúde Especializado (CSE) de Feira de Santana, divulgada pelo portal Acorda Cidade, levantou um debate mais amplo sobre a estrutura administrativa da cidade.

Durante entrevista ao programa Acorda Cidade nesta segunda-feira (24), o secretário de Saúde, Dr. Rodrigo Matos, informou que, após um diagnóstico inicial, uma equipe técnica irá realizar uma análise estrutural da unidade ainda esta semana, com a presença da prefeitura, para determinar como será feita a reforma. Contudo, uma pergunta surgiu: para onde serão transferidos os funcionários e os atendimentos durante a obra?

centro de saúde
Foto: Ney Silva Acorda Cidade

Essa situação expõe um problema na cidade que é a falta de um Centro Administrativo que concentre as secretarias municipais em um único lugar. Enquanto metrópoles estruturadas possuem seus centros administrativos bem organizados, em Feira de Santana, a resistência do poder público parece ter impedido essa modernização. Atualmente, os órgãos estão espalhados por diferentes bairros, dificultando o acesso da população aos serviços públicos.

Uma das sugestões apontadas seria a desapropriação de um terreno no centro da cidade, atualmente utilizado como estacionamento. A construção de um centro administrativo vertical nesse local poderia solucionar o problema de dispersão das secretarias, otimizando espaços e recursos.

Outro ponto levantado é a subutilização de prédios públicos já existentes, um exemplo citado durante o programa Acorda Cidade é a estrutura onde funciona a Secretaria de Educação, que tem um espaço maior do que o necessário. Locais como o antigo Feira Tênis Clube também poderiam ter sido aproveitados para essa finalidade, mas não foram.

Secretaria de Educação de Feira de Santana
Secretaria de Educação de Feira de Santana | Foto: Ed Santos / Acorda Cidade

Quando pensamos em uma solução envolvendo essa situação, a questão financeira é frequentemente usada como argumento para a não concretização do projeto. Será que a prefeitura possui crédito, ou não poderia buscar recursos externos por meio de empréstimos e parcerias público-privadas? Outros municípios já utilizaram essa estratégia para viabilizar projetos semelhantes.

Diante desse cenário, a questão que fica é: até quando Feira de Santana continuará lidando com a dispersão das secretarias e a falta de um planejamento integrado? O debate está lançado, e cabe ao poder público buscar soluções concretas para modernizar a administração municipal.

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