O uso sistemático de informações que foram consideradas fake news na campanha levou a Justiça Eleitoral a determinar a perda de quase todo o tempo que o candidato do União Brasil à prefeitura de Feira de Santana, Zé Ronaldo, tinha no último dia da propaganda na TV. Desde o início da semana, o principal adversário do ex-prefeito da cidade, o deputado federal Zé Neto (PT), vinha conseguindo sucessivos direitos de resposta por uma série de materiais considerados caluniosos contra ele exibidos no programa de Zé Ronaldo.
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Na quarta-feira (02), penúltimo dia do horário eleitoral gratuito, saiu a primeira leva de direitos de resposta concedidos em favor de Zé Neto. Somente nesta quinta-feira (03), fim da propaganda na TV, a Justiça autorizou a exibição de 23 inserções do petista, com formato de um minuto cada, no tempo destinado a Zé Ronaldo, fora três dos quase cinco minutos que o ex-prefeito tinha no programa do bloco noturno na TV. Com isso, o candidato do União Brasil ficou apenas dois minutos no ar.
As decisões desfavoráveis a Zé Ronaldo foram motivadas por três conteúdos exibidos no programa e nas inserções durante os intervalos comerciais, considerados inverídicos pela Justiça, a partir de parecer favorável emitido pelo Ministério Público Eleitoral em Feira. Um deles imputava a Zé Neto a responsabilidade por mortes de pacientes na Fila da Regulação do Hospital Clériston Andrade
O segundo era baseado em acusações de que o candidato do PT tinha ingerência sobre as blitze de trânsito na cidade e se beneficiava das autuações porque possuía participação nos lucros gerados pelo pátio de armazenamento de veículos guinchados pelo Detran. Ao mesmo tempo, Zé Ronaldo foi punido por usar na campanha um áudio adulterado que apontava suposta prática de rachadinha por parte de Zé Neto.
O mesmo material havia sido utilizado por Zé Ronaldo no duelo com Zé Neto nas eleições de 2012. À época, a Justiça já tinha vetado o aúdio, com base em uma perícia técnica que apontou a fraude.
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