Num piscar de olhos, Igor Kannário vai de inimigo do PT a cabo eleitoral de Caetano e Zé Neto; relembre

Com um vasto histórico de polêmicas, o cantor Igor Kannário foi, num piscar de olhos, de inimigo do PT a cabo eleitoral de candidatos do partido nas eleições deste ano. O artista baiano, que já foi preso e acusou ter sido perseguido, agora é usado como trunfo por postulantes petistas que disputam as eleições deste ano em diversas cidades da Bahia, como em Camaçari e Feira de Santana. Um dos casos mais polêmicos foi quando foi acusado pelo PT de votar contra os trabalhadores na Câmara Federal.

Recentemente, afirmou que vai largar as drogas e casar. Kannário foi vereador de Salvador e deputado federal eleito pelo antigo PHS, sempre crítico do PT. Contudo, em 2024, o cantor decidiu aderir ao grupo petista no estado e disputa as eleições em Salvador novamente para vereador pelo PSB, partido comandado na Bahia pela deputada federal Lídice da Mata.

Agora, Kannário tem atuado com protagonismo na eleição de Feira de Santana para apoiar o deputado federal Zé Neto. Em 2020, o cantor era deputado federal e apoiou o atual prefeito Colbert Martins. Naquele ano, Zé Neto não poupou críticas a Kannário.

“Colbert fala muito em segurança pública, mas sabe quem foi o grande garoto propaganda dele na eleição? Igor Kannário, que é uma pessoa que não é nada amigo das forças que fazem a segurança pública”, afirmou o candidato petista, que naquele ano foi derrotado por Colbert no segundo turno das eleições na segunda maior cidade do Estado.

Kannário também atua forte em Camaçari, ao lado do ex-prefeito Luiz Caetano, ambos candidatos do PT. Ele chegou a gravar um jingle, onde ataca o candidato adversário.

As polêmicas com as forças de segurança pública renderam a Kannário, em 2020, uma atuação do então governador Rui Costa (PT), que acionou a Procuradoria Geral do Estado contra o cantor de pagode. Isso ocorreu após o artista chamar a Polícia Militar da Bahia de ‘bunda mole’ durante um desfile no Carnaval.

As críticas à PM, inclusive, sempre foram uma marca de Kannário. Em 2020, por exemplo, o cantor criticou a atuação de policiais durante seu desfile. “Agressores. Venham me bater aqui em cima seus bunda mole”, disse ele. “Peço à imprensa, filma isso aí. Isso é abuso de poder, abuso de autoridade. Quero uma vaia para a Polícia Militar da Bahia”, afirmou, na época.

Kannário foi acusado pelo governo de Rui Costa de desferir palavras agressivas e de baixo calão contra a polícia. Ele ainda disse que “se acontecer alguma coisa comigo, quem mandou me matar foi alguém da Polícia Militar”.

Em 2015, Kannário foi preso por tráfico de drogas. O cantor acusou perseguição. “Armaram. Aquilo ali foi mandado”, disse, em um podcast em 2022. “Foi armado, foi mandado por birras, porque existem pessoas que acordam sem gostar da gente do nada”, declarou. “Eu lembro que fizeram uma ligação para uma pessoa e disseram ‘seu passarinho está na gaiola’. E aí mandaram ‘leva ele, prende ele’”, contou.

Salvador – Na capital baiana, Kannário fez um jingle para o candidato da base petista, o vice-governador Geraldo Júnior (MDB). O mesmo Geraldo que afirmou que Igor Kannário queria “ibope”, além de ser um “político sem holofote”.

“Estou fazendo um compromisso de, pela última vez, falar dele. Não merece ibope um artista que desrespeita a polícia e a sociedade. A polícia representa nossa cidade e nosso estado. Acho que ele quer isso: holofote. Como ele é ausente dos holofotes no cenário nacional, tanto como político quanto como artista, não deve prosperar nenhum tipo de sinalização. Quem faz isso contra a polícia, faz isso contra seus amigos e sua família”, declarou o vice-governador, num passado recente, quando era presidente da Câmara Municipal.

Back To Top