NÃO ACEITAVA INTERNAMENTO: Morte de ex-secretária de Santaluz aconteceu após deixar clínica de psiquiatria com filho

A ex-secretária de assistência social da cidade de Santaluz, a cerca de 275 km de Salvador, Aline Maiane Ribeiro Cunha, foi morta com golpes de canivete enquanto fazia uma viagem de carro para a capital baiana. O crime aconteceu na segunda-feira (9) e o principal suspeito é o filho da vítima, que foi preso em flagrante.

De acordo com a família, ele tem histórico de surtos psicóticos. Segundo a Polícia Civil, Aline estava sentada no banco do carona e o marido dela dirigia o carro. O filho do casal estava sentado no banco traseiro. Durante a viagem, o suspeito pegou um canivete e golpeou a mãe no pescoço e nas costas. Aline foi socorrida pelo marido para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, mas não resistiu aos ferimentos.

Segundo apuração do Informe Baiano, Felipe Cunha, filho de Aline e Jorge Lopes Cunha Filho, popularmente conhecido por Jorginho, residia em Salvador desde que concluiu o ensino médio, sendo que o casal tinha residência e negócios em Santaluz, mas ele estava frequentemente na capital e chegava a ficar dias na companhia dos pais. Com o passar do tempo, Felipe começou a apresentar problemas psicológicos e os pais tiveram que ter atenção redobrada.

Nos últimos quinze dias, o casal viajou para Salvador após tomar conhecimento de que o filho vinha fazendo postagens em redes sociais com acusações contra a própria família, algo fora do comportamento de uma pessoa normal. Ao chegar, o levaram para médicos especialistas que diagnosticaram que ele sofria de surto psicótico e foi necessário providenciar o internamento, ficando internado por 7 dias, quando pediu para ser liberado e foi atendido. Aline e Jorginho permaneceram durante este período em Salvador e, segundo a família, o jovem não aparentava estar bem psicologicamente. O casal resolveu levá-lo novamente a um especialista que, durante a consulta, aconselhou o internamento novamente. Ao deixar o consultório, durante o retorno para casa/apartamento, ocorreu uma discussão sobre a orientação do médico, momento em que Felipe, que viajava no banco traseiro, sacou um canivete e aplicou alguns golpes na mãe.

O pai parou o veículo para ver o que tinha acontecido, o suspeito pulou do carro e saiu correndo atravessando a avenida. Ele teria chegado a um posto policial relatando que o pai dele tinha esfaqueado a mãe e a PM abordou Jorge depois que chegou no HGE (Hospital Geral do Estado) para onde levou Aline, que deu entrada sem vida.

Além de ter sido secretária de assistência social, Aline atuou como gestora de cultura e como secretária de cultura, esporte e juventude.

Felipe segue preso e, segundo a polícia civil, já foi solicitada à Justiça a conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva.

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