Moradores do bairro Lagoa Grande, em Feira de Santana, estão reclamando dos transtornos causados pelas fortes chuvas. O volume de água que caiu no último final de semana foi suficiente para provocar alagamentos em residências e gerar prejuízos materiais, um problema que os moradores da Rua Isolina Bastos conhecem muito bem.
“Enfrentamos essa situação há cerca de 18 anos. Pedimos, por favor, que vejam com olhos atentos para nós aqui, porque a gente precisa de mais de uma rede pluvial. Na minha casa, tem móveis que estão perdidos. Eu não tenho nem como tirar porque não tenho dinheiro para comprar outros no momento. A casa, a gente já levantou o piso duas vezes e não resolveu nada, porque o problema está na rua”, disse Valdecleide Teles.
Edcleide Cerqueira complementou a fala da vizinha, afirmando que a Rua Isolina Bastos precisa de uma intervenção urgente. A moradora disse que, mesmo levantando os móveis para evitar o contato com a água que invade a casa, isso não é suficiente para impedir os prejuízos.
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“Nós estamos sofrendo muito com essas chuvas. A rua está precisando de uma rede pluvial. A água invadiu a minha casa e a casa dos vizinhos. A gente não tem condições de viver nessa situação. Pedimos que o prefeito venha aqui nos ajudar, fazer algo para resolver o problema”, disse Edcleide.
A moradora confirmou que o problema é antigo, reflexo de um erro cometido ainda na obra de pavimentação da rua. Edcleide revelou que ela e alguns vizinhos, por iniciativa própria, construíram uma rede pluvial caseira para escoar a água até a lagoa. No entanto, uma obra de requalificação do local destruiu o sistema improvisado.
“Antes, a chuva alagava a rua e entrava pela porta da frente, agora, ela está retornando pelos ralos dentro de casa, porque a obra da Lagoa obstruiu muitas saídas de esgoto que fizemos. O esgoto que eles vieram fazer, a gente não está conseguindo usar porque estão todos entupidos”, disse Edcleide.
Luiz Carlos Lima disse, em entrevista ao Acorda Cidade, que mora na Rua Isolina Bastos há cerca de 26 anos e que boa parte desse período foi marcado por problemas relacionados aos alagamentos provocados pela chuva.
“Quando começa a chover, ninguém dorme, ninguém tem paz à noite. Quando eu acordei no domingo pela manhã, não tive nem condições de sair para ir à missa. Não dava para botar a moto nem o carro para fora, porque todo lugar tinha água. Não tinha como sair nem para abrir o portão. A água estava dentro da garagem”, concluiu o morador.
O Acorda Cidade solicitou um retorno da Prefeitura Municipal de Feira de Santana.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
Reportagem escrita pelo estudante de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão do jornalista Gabriel Gonçalves
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