Moradores do bairro Asa Branca, em Feira de Santana, conversaram com a reportagem do Acorda Cidade na manhã desta quarta-feira (2), para chamar atenção para a constante prática de queimadas na localidade.
SEJA VIP: Siga o canal do Acorda Cidade no WhatsApp e receba as principais notícias do dia.
O grupo, que reside em áreas próximas à Rua Ibituruna, tem enfrentado problemas com a queima de pneus nas proximidades da vizinhança. Segundo os relatos, as queimadas ocorrem em uma lagoa localizada nos fundos da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e espalha fumaça e fuligem para toda a região.
“Queimam pneus a noite toda, e as casas não ficam limpas, sem contar que isso está causando vários problemas respiratórios. Tem crianças que ficam sem tomar vacina por ficarem três meses gripadas. Isso já faz três anos”, relatou Eliana Rodrigues Pereira Freitas.
A moradora informou que diversas reclamações já foram registradas pelo novo aplicativo da prefeitura, Feira Conectada, mas ainda não houve retorno para solucionar o problema. Ela também disse que já entrou em contato com a secretaria responsável, mas não obteve resposta.
Antônia Bispo também relatou os mesmos transtornos. Além disso, ela destacou que tem uma criança em casa que precisará realizar uma cirurgia, mas está à mercê dos problemas causados pela fumaça tóxica.
“Fica difícil, até para a gente mesmo. A casa não fica limpa. É um constrangimento constante com os moradores. A gente pede que as autoridades venham ver e tomem as medidas para que isso não aconteça no nosso bairro”, afirmou Antônia.
Maria Joilsa, que mora na localidade há 10 anos, confirmou que o problema é recorrente. Ela contou que trabalha fora, e quando retorna, sua casa está suja por causa da fuligem. Ela não pode sequer deixar roupas no varal, pois também são tomadas pela sujeira.
Maria das Dores disse que esse é um pedido de socorro, mediante a situação que as famílias estão passando.
“Ninguém aguenta mais. Se lava uma varanda, fica tudo preto. A roupa também fica com cheiro de fumaça. Dá falta de ar, quem tem rinite sofre ainda mais. Minha filha e minha neta vivem cansadas, precisam tomar antialérgicos, e ficam inchadas por conta disso. A situação aqui é muito difícil. É um pedido de socorro urgente”.
Vivalda dos Santos, que cuida de uma pessoa com deficiência, mencionou que enfrenta os mesmos problemas respiratórios em sua casa.
Ana Cristina destacou que a fumaça geralmente começa à noite, agravando ainda mais o desconforto.
Outra moradora, que reside na Rua das Árvores, um pouco mais distante, relatou que também está sendo afetada pelos mesmos transtornos.
“A gente vive com tudo trancado, correndo o risco de morrer sufocado dentro de casa”, declarou.
Ela ainda contou que muitos moradores cobrem os móveis com plástico antes de sair para trabalhar, mas, mesmo assim, ao voltarem para casa, a sujeira é grande.
O Acorda Cidade irá entrar em contato com a Prefeitura de Feira de Santana para obter um retorno.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram