Médico preso por injúria racial é encontrado morto em residência

O médico obstetra Luiz Leite, investigado e preso pelo crime de injúria racial após dizer que uma mulher negra tinha “sangue de branco”, em Itabuna, foi encontrado morto dentro da casa que morava, nesta quinta-feira (21/11).

Familiares de Leite acionaram uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que constataram a morte após chegar ao local. Não há informações sobre o que causou o óbito do médico.

O caso de injúria aconteceu dia 21 de fevereiro. A vítima é uma auditora que presta serviço para a Secretaria de Saúde do estado (Sesab) e fazia uma auditoria na Maternidade Otaciana Pinto, onde o suspeito estava de plantão.

Na ocasião, o médico teria dito que a pele dela era bonita porque ela tinha sangue branco. “A vítima diz que trata-se de uma frase racista, ela estava no hospital quando foi abordada por esse médico, elogiando a cor da pele e afirmando que se ela tem uma pele bonita é porque ela tem sangue de branco”, detalhou a delegada do caso Lisdeili Nobre.

“Você já viu alguém com pele preta ser bonita assim? Então, afirmo que se você é bonita é porque você tem sangue branco”, disse homem.

O caso foi registrado pela Policia Civil (PC) como injúria racial. Ele foi preso no mesmo dia, levado para o Conjunto Penal de Itabuna, e solto dois dias depois, após pagamento de fiança no valor de 10 salários mínimos, que equivale a R$ 14.120, respondendo em liberdade.

Em 24 de outubro, Leite foi preso mais uma vez, tendo deixado a cadeia uma última vez em 5 de novembro, após a Justiça aceitar um habeas corpus. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) foi acionado para realizar perícia e encaminhar o corpo do médico para o Instituto Médico Legal (IML), onde vai passar por necropsia, que deve determinar a causa da morte.

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