O ministro da Educação, Camilo Santana, disse nesta segunda-feira (18) que o Ministério da Educação vai uma espécie de “Mais Médicos”, porém para professores. Assim como o programa anterior, intenção é levar mão de obra para locais mais afastados.
O projeto estaria incluído em um pacote de benefícios para valorização de professores, ainda sem data para lançamento. Outro plano é criar um programa de transferência de renda (como o ‘pé-de-meia’) para estimular que estudantes ingressem em cursos de licenciatura. As informações são da CNN.
“Hoje temos uma deficiência grande em professores nas áreas de Física, Matemática, Química e Biologia. Vamos destinar uma bolsa a mais para o professor que queira ir para determinada região com menos professores. Nos dois primeiros anos, o MEC apoia isso”, disse o ministro durante o evento Reconstrução da Educação.
Segundo Camilo Santana, o estudante que fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste ano e quiser ingressar em curso de licenciatura no próximo ano já pode receber o valor.
“Olhar para valorização não é só remuneração. Para mim, o professor é uma das mais importantes profissões que existem no País, todos nós passamos por eles. Por isso, é preciso criar uma cultura para a sociedade reconhecer o papel desse professor. No Japão, por exemplo, existe assento reservado no metrô”, afirma o ministro.
O Pé-de-Meia é um programa de incentivo financeiro-educacional voltado a estudantes matriculados no ensino médio público beneficiários do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). O programa funciona como uma poupança para promover a permanência e a conclusão escolar de estudantes nessa etapa de ensino. Ao comprovar matrícula e frequência, o estudante recebe o pagamento mensal de R$ 200.
O governo pretende ainda incentivar a sociedade civil e empresas privadas como um todo para criar um pacto para valorização dos professores, firmando políticas de desconto em hotéis e livrarias, por exemplo. O pacote ainda prevê ações de valorização dos professores que já estão em atuação, como programas que facilitam a condição de acesso a livros e computadores.
A política também vai incluir uma avaliação nacional unificada, a partir da prova do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), para melhorar a qualidade da seleção dos profissionais que ingressam nas redes municipais e estaduais de Educação.