A dona de casa Edna Maria, de Feira de Santana, está realizando uma campanha nas redes sociais pedindo doações, que irão ajudar na compra de uma cadeira de transferência que custa 5 mil reais, para seu filho Erison, de 36 anos, que tem paralisia cerebral.
Em entrevista ao Acorda Cidade, Edna relatou como é o dia a dia com o filho que não anda, não fala, usa fralda, faz uso de medicação e precisa de uma alimentação diferenciada. Mãe solo, de 64 anos, ela acabou desenvolvendo um problema na coluna e no nervo ciático por conta do peso de Erison que tem 1,73 de altura e pesa em torno de 85 quilos.
“O fato de eu estar abaixando para dar banho nele, para mudar, porque ele fica brincando no chão. Quando ele vai subir para a cama, eu tenho que ajudar, dar um impulso para ele subir e ajudar ele virar. Então, é muito pesado” contou.
Benefício cortado
Somando aos desafios diários, Erison, que era assistido pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC) desde 1998, teve o seu benefício cortado em 2022. A mãe Edna Maria, conta que não recebeu nenhuma justificativa da previdência para a interrupção do subsídio.
“Quando eu fui receber o dinheiro, que eu cheguei no Banco, nada de dinheiro. Aí fui na minha agência, o rapaz olhou e disse, não, aqui na conta está tudo normal, não tem nada aqui, prova de vida atualizada, é melhor a senhora ir na Previdência. Fui na Previdência, também ninguém me informou nada, só disse que tinha sido cortado o benefício” destacou Edna.
Pega de surpresa, na época teve que sustentar a casa com a pensão do pai de Erison, que já faleceu.
“No final do ano de 2022 foi que eu vim me aposentar, pelo comércio, mas a minha aposentadoria e a pensão foram fruto de contribuição, o governo nunca deu nada para a gente. Então, na verdade, a Previdência nunca me deu justificativa nenhuma. Eu penso assim, ele tem o direito dele, ele é um homem 36 anos que nem come com a própria mão, usa fralda 24 horas por dia, é uma criança, então cadê o direito dele? O pessoal fica dizendo para eu ir no ministério, reclamar do direito dele, mas só que a luta que eu tenho sozinha com ele aqui pra sair, sempre tenho que ir atrás de uma vizinha pra ficar aqui, pra poder ir ligeiro resolver alguma coisa e voltar, e aí impede até de eu sair pra poder tranquilo pra resolver as coisas” disse ela.
A produção do Acorda Cidade solicitou um retorno da Previdência Social.
Cadeira de transferência
Ao procurar a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), que lida com a concessão de cadeiras em Feira de Santana, Edna foi informada que a cadeira de transferência não é fornecida pelo Sus.
A mãe enfatiza ainda a importância da aquisição da cadeira, que trará melhorias no cuidado com o filho.
“Com essa cadeira eu não preciso nem pegar nele, porque ela é aberta, e a gente vai, encaixa de um lado da perna e do outro lado da perna, aí fecha atrás, nas costas dele. Pode fazer várias coisas, por ele na cadeira de rodas, levar ele para o vaso sanitário, já não precisa mais dar banho nele no chão, porque já dá banho lá na cadeira mesmo. Precisamos demais dessa cadeira, ela será de muita importância para a gente” explica.
Quem puder ajudar, pode enviar o valor pelo Pix no nome de Edna Maria Amorim de Queiroz (Chave: 75 981043694).
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