Inema realiza soltura de 40 animais silvestres em área de Mata Atlântica

Cobra - Inema
Foto: Matheus Lemos/Ascom Sema|Inema

A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Lontra, um remanescente de Mata Atlântica, foi o local escolhido como novo lar para 40 animais silvestres que chegaram ao Centro Estadual de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) por meio de entrega voluntária, resgate e apreensão em operações de fiscalização. Os animais foram reintegrados ao seu habitat nesta terça (11).

Liderando a ação de soltura, o veterinário do Inema, Marcos Leônidas, falou sobre a importância da reintrodução dos animais silvestres e do trabalho realizado pela equipe do Cetas: “antes da soltura, esses animais passaram por um processo cuidadoso de triagem e reabilitação, alguns receberam intervenção clínica e medidas nutricionais, pois chegaram ao centro com estado de saúde debilitado. Também foi realizada uma avaliação do comportamento natural de cada indivíduo, observando as condições ideais para se desenvolverem no ambiente onde serão reintroduzidos”.

Cobra - Inema
Foto: Matheus Lemos/Ascom Sema|Inema

Nesta fase de reintrodução foram selecionadas serpentes, mamíferos e aves, incluindo jiboias, jararacas, cobras-cipó, coral-verdadeira, cipó-bicuda e corre-campo, além de cachorro-do-mato, sariguês-orelha-preta, sariguês-orelha-branca, carcarás e gaviões-carijó.

O veterinário destacou ainda que os animais serão monitorados durante o período de adaptação: “este momento inicial é de reconhecimento do território, dos locais de refúgio, de alimentação e fonte de água, mas como esse é o bioma de origem deles a adaptação é quase que imediata. As aves de rapina, por exemplo, soltamos em áreas de vegetação mais aberta, para facilitar o vôo”.

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Foto: Matheus Lemos/Ascom Sema|Inema

Áreas de Soltura de Animais Silvestres – Asas

Com 1.377 hectares de vegetação nativa preservada, a RPPN Lontra está cadastrada no programa Áreas de Soltura de Animais Silvestres (ASAS). São áreas especialmente designadas para esse fim e que passam por um criterioso processo de avaliação por parte do Inema.

“Para cadastrar uma ASAS, os técnicos do Inema verificam se a vegetação nativa está conservada, a presença de espécies da fauna silvestre, fontes de água e principalmente controle das ações humanas, tanto dentro da área quanto no entorno, garantindo aos animais todas as características necessárias para sobrevivência e reprodução”, explicou a também bióloga da Coordenação de Gestão de Fauna do Instituto, Marianna Pinho.

Já Igor Macedo, especialista em meio ambiente da Bracell, empresa proprietária da RPPN Lontra, destacou os atrativos naturais da reserva. “Nossa RPPN tem quatro anos cadastrada como ASAS e neste período recebemos várias solturas em parceria com o Inema. Temos esse diferencial, pois mantemos uma equipe exclusiva para proteção de toda a área, são profissionais de vigilância patrimonial, brigadistas e especialistas que realizam o monitoramento da fauna, bem como pesquisa e atividades de educação ambiental”.

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Foto: Matheus Lemos/Ascom Sema|Inema

Cetas

Com unidades em Salvador, Cruz das Almas e um terceiro em fase de construção em Barreiras, o Cetas do Inema realiza o resgate de animais silvestres e recebe os que chegam por meio de entrega voluntária, apreensão oriunda de fiscalização, vítimas de maus-tratos ou de qualquer outra demanda que necessite de atenção especializada para tratamento clínico e soltura à sua área de origem.

Disque Fauna (Resgate)

Encontrou animal silvestre ferido, longe de seu habitat natural, andando por rodovias, praças e residências, ou pretende fazer uma entrega voluntária, solicite imediatamente o resgate através do WhatsApp do Cetas (71) 99661-3998.

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