Atenta aos movimentos globais e liderando iniciativas para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas, a Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia (Sema) esteve presente na comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na abertura da 79ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), em Nova York, na manhã desta terça-feira (24). O evento, que segue até dia 25, reúne líderes dos 193 Estados-membros da ONU para discutir compromissos estratégicos em áreas como segurança internacional, ciência, tecnologia, sustentabilidade e dignidade humana.
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Em discurso durante o Debate Geral da Assembleia, o presidente Lula reforçou o compromisso do Brasil ações efetivas para a redução nas emissões de carbono, no combate ao desmatamento e aos incêndios florestais, e em investimentos em matrizes energéticas de fontes limpas e renováveis.
“O planeta já não espera para cobrar da próxima geração e está farto de acordos climáticos não cumpridos. O negacionismo sucumbe ante as evidências do aquecimento global e 2024 caminha para ser o ano mais quente da história moderna. No sul do Brasil tivemos a maior enchente desde 1941 e a Amazônia está atravessando a pior estiagem em 45 anos. O meu governo não terceiriza responsabilidades nem abdica da sua soberania, já fizemos muito, mas sabemos que é preciso fazer mais. Lutamos contra quem lucra com a degradação ambiental, não transigiremos com ilícitos ambientais, como o garimpo ilegal e o crime organizado”.
O presidente também destacou que o país sediará a COP-30, em 2025, convicto de que o multilateralismo é o único caminho para superar a urgência climática. “Reduzimos o desmatamento na Amazônia em 50% no último ano e vamos erradicá-lo até 2030. O Brasil desponta como celeiro de oportunidades neste mundo revolucionado pela transição energética, 90% da nossa eletricidade provém de fontes renováveis como a biomassa, a hidrelétrica, a solar e a eólica”.
Integrando a comitiva do presidente, o secretário do Meio Ambiente, Eduardo Mendonça Sodré Martins, destacou o alinhamento entre o Estado e o Governo Federal na adoção de compromissos prioritários para o avanço de programas e políticas públicas voltadas para a conservação dos ecossistemas e um modelo inovador de transição energética. “Os efeitos das mudanças climáticas tem afetado todos os países, com maior impacto na vida das populações em situação de vulnerabilidade social, nas atividades econômicas e diretamente nos ecossistemas. Por isso, precisamos de um esforço conjunto, de todos os setores globais, e a participação da Gestão Ambiental da Bahia é estratégica para consolidar políticas e investimentos para que alcancemos as metas estabelecidas no Acordo de Paris e sejam traçadas iniciativas sólidas para a COP30”.
A Bahia no centro das discussões globais na Semana do Clima de Nova York (Climate Week 2024)
Ainda em Nova York, O titular da Sema, Eduardo Mendonça Sodré Martins, teve fala de destaque, nesta segunda-feira (23), durante o painel ‘Avançando a energia renovável na América Latina: o papel das empresas e dos governos subnacionais’, além de uma mesa redonda para tratar sobre proteção aos manguezais, durante a Semana do Clima de Nova York, que acontece até dia 29 de setembro.
Ao lado das maiores lideranças políticas, especialistas e organizações sociais e ativistas mundiais, o Governo da Bahia, apresentou suas iniciativas e compromissos nas principais agendas e debates. O gestor apresentou também as bem-sucedidas políticas e experiências do Estado voltadas às energias renováveis, à conservação dos biomas Caatinga, Mata Atlântica, Cerrado e dos ecossistemas Costeiro e Marinho, especialmente dos manguezais.
“Nosso estado tem liderado um ambicioso e efetivo programa de desenvolvimento social, econômico e ambiental com base nos princípios da sustentabilidade, o Programa Bahia +Verde, que também estabelece incentivo a uma transição energética no caminho de neutralizar as emissões de carbono, e que já apresenta resultados significativos, tornando a Bahia referência nacional na matriz energética de fontes renováveis, a exemplo da solar, eólica e do hidrogênio verde”, destacou.
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