Forró ganha espaço no Carnaval do Pelô com grandes nomes e quadrilheiros baianos

Forrozeiros no carnaval
Foto: Divulgação

O Carnaval de Salvador vai receber um toque nordestino especial este ano. No domingo de festa (2), às 15h30, o Largo Pedro Arcanjo, no Pelourinho, será palco de um grande encontro entre forrozeiros do interior da Bahia e um corpo de balé formado por quadrilheiros juninos. A proposta promete transformar o espaço em um verdadeiro arraiá carnavalesco.

A iniciativa partiu de Carlos Mattheus Almeida, coordenador municipal do Fórum Nacional do Forró, cantor e produtor da banda Os Bambas do Nordeste. O projeto foi pensado para incluir três artistas forrozeiros e um grupo de quadrilheiros em um mesmo espetáculo, destacando a força do forró além dos festejos juninos.

A banda anfitriã, Os Bambas do Nordeste, é referência no gênero e completa 50 anos de história em 2025. Sob o comando de Baio do Acordeon, o grupo tem um legado inovador: foi responsável por introduzir o trombone no forró na década de 70, criando o famoso naipe de metais reconhecido pelo Iphan. A trajetória de Baio, como muitos já conhecem, se entrelaça com a história do próprio ritmo, tendo recebido de Luiz Gonzaga, o “Rei do Baião”, uma sanfona branca que se tornou símbolo da banda.

Além dos Bambas do Nordeste, o evento contará com a participação da cantora e compositora Emili Pinheiro, vice-campeã do maior festival de forró do mundo, o FENFIT. Emili se destaca por resgatar o repertório de grandes intérpretes e compositoras do forró, dando visibilidade ao legado das mulheres forrozeiras.

Outro nome confirmado é o do cantor e multi-instrumentista Neném do Acordeon, natural do distrito de Jaguara, em Feira de Santana. Com mais de 15 anos de carreira, Neném se prepara para lançar, em março, sua nova música em parceria com Gabriela Morais, intitulada “Sou Seu Neném”.

Para completar a festa, a cultura das quadrilhas juninas estará bem representada por um corpo de balé formado por quadrilheiros de Feira de Santana, sob a coordenação de Mari Falcão, Conselheira Municipal de Cultura na cadeira de Dança.

“O intuito é fazer um arraiá no carnaval e dar visibilidade a um ritmo que ficou rotulado como junino. Vamos mostrar nossa força e continuar levando esse gênero musical a lugares antes pouco vistos”, afirmou Carlos Mattheus.

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