O Festival Literário de Cajazeiras (Flicaj) 2024, que será realizado entre os dias 5 e 7 de dezembro, no Ginásio Poliesportivo de Cajazeiras, já está movimentando a comunidade escolar do bairro de Cajazeiras. Com o tema “Africanidades brasileiras e cultura periférica”, o festival, promovido pela Mafuá Produções Artísticas e com o apoio do Governo do Estado, está levando oficinas de teatro, dança, slam e fotografia para escolas públicas, aproximando os estudantes da arte e da cultura periférica.
No Colégio Estadual Edvaldo Brandão Correia, por exemplo, cerca de 18 estudantes participaram de uma oficina de fotografia, envolvendo a comunidade de Cajazeiras. Durante a atividade, os jovens registraram cenas do cotidiano do bairro, utilizando a fotografia como ferramenta de expressão e reflexão sobre a realidade local. Os registros serão exibidos durante o Flicaj, promovendo o protagonismo estudantil e destacando o impacto da arte na construção de significados e pertencimento.
A estudante Ana Beatriz Costa Figueiredo da Silva, 15 anos, do 1º ano do Edivaldo Brandão, compartilhou sua experiência com a oficina. “Foi sensacional. Tivemos aulas incríveis com profissionais maravilhosos. Eu aprendi algumas técnicas e consegui tirar fotos utilizando uma câmera. Fotógrafamos no colégio no primeiro dia e, no dia seguinte, fomos para Cajazeiras V fotografar as praças, ruas, becos e outras coisas. Nessa oficina, eu também aprendi que para fotografar não precisa de muita coisa, basta você evoluir as técnicas e fluir. Eu gostaria de participar de mais oficinas como essa”.
Já no Colégio Estadual Renan Baleeiro, uma oficina de teatro desafiou cerca de 40 estudantes a explorar a expressão corporal e a interpretação como formas de contar suas histórias. A proposta da atividade permitiu que os participantes criassem e se expressassem, trazendo para o palco questões sociais e culturais que dialogam com o tema do festival.
A professora de Artes da rede estadual e atriz, Ingrid Lago, destacou a receptividade dos estudantes em relação à atividade. “Os alunos começaram muito tímidos, mas, ao longo da atividade, foram se soltando. Tenho certeza de que ficaram muito felizes, ganhei vários abraços no final. A ideia era fazer um trabalho de integração e conhecimento da área, para que eles entendessem um pouco como funciona uma aula de teatro. Nós dançamos, fizemos improvisações em grupos e, no final, eles se apresentaram. Foi, realmente, incrível poder dar essa oficina para esses meninos, uma experiência única”.
As oficinas promovidas pela Flicaj continuam acontecendo até o final de novembro. Além dos dois colégios citados, as oficinas também serão realizadas nos colégios estaduais Dinah Gonçalves, Luiz Fernando Macedo Costa, Nelson Barros, Deputado Naomar Alcântara, Rafael Oliveira e Ana Bernardes.