![doenças neurológicas](https://uploads.acordacidade.com.br/2025/02/filme-de-raio-x-de-tomografia-computadorizada-de-cerebros_53876-464-freepik.jpg)
Doenças como Alzheimer, fibromialgia e lúpus impactam significativamente a vida de milhares de pessoas. Este mês a Campanha “Fevereiro Roxo”, traz um alerta importante para as doenças neurológicas com o lema “Se não houver cura, que ao menos haja conforto”.
Para compreender melhor o impacto dessas doenças na vida das pessoas, o Acorda Cidade conversou com o neurologista Paulo Machado, que abordou os desafios e cuidados relacionados a essas condições. Segundo ele, o diagnóstico precoce e o tratamento multidisciplinar são fundamentais para melhorar a qualidade de vida e retardar a progressão das doenças. Essas condições exigem um cuidado especial tanto do paciente quanto da família.
“O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva, que compromete a cognição do paciente, onde o paciente fica dependente de terceiros e a fibromialgia é uma síndrome que se caracteriza por dores generalizadas e alterações de sensibilidade, evoluindo em muitos casos com depressão e ansiedade”. Em ambos os casos, o suporte emocional é fundamental para garantir uma melhor qualidade de vida dos pacientes.
![Neurologista](https://uploads.acordacidade.com.br/2025/02/TGB9w0ZJ-Neurologista-Pedro-Machado-ft-ed-santos-acorda-cidade.webp)
“Você precisa realmente dar um suporte emocional ao paciente, dar um carinho afetivo maior, para que ele possa viver com uma qualidade de vida melhor, onde a gente vai estimular a prática de atividade física nos dois casos, que é muito importante e o tratamento com medicação que é essencial”.
Segundo o neurologista, o diagnóstico precoce é crucial para iniciar o tratamento adequado e retardar a progressão da doença. O Alzheimer por exemplo, é uma das principais causas de demência no mundo, e o especialista alerta para os sintomas iniciais. São sinais de esquecimentos, mudanças de comportamento e dificuldades em realizar tarefas simples que por muitas vezes, os pacientes já realizam há anos.
![Dia Mundial do Alzheimer](https://uploads.acordacidade.com.br/wp-content/uploads/2023/09/20095629/Alzheimer_tomazsilva_agbrasil.jpg)
Já a fibromialgia causa dores intensas e generalizadas na musculatura e nos nervos, além de fadiga, alterações do sono e sensibilidade grande em alguns pontos de gatilhos. Quadros de perdas de memórias também podem ser registrados, assim como descontrole emocional por conta das dores.
![doenças neurológicas](https://uploads.acordacidade.com.br/2025/02/ZWc9akZh-doutor-leitura-cerebro-mri-raio-x-resultado_53876-14809-freepik.webp)
O médico ressalta a importância de um tratamento multidisciplinar, que envolva não apenas medicamentos, mas também terapias como fisioterapia, psicologia e atividades físicas.
“O estilo de vida pode influenciar. Existem tratamentos hoje, infelizmente a doença é progressiva e irreversível, mas você pode entrar com uma medicação na tentativa de retardar o avanço da doença. Não só medicação, mas vem o suporte de psicólogo, terapeuta ocupacional, que vai promover uma série de atividades para ajudar a estimular o cérebro e a gente não ficar preso apenas à medicação”, afirma.
Além da medicação, como pregabalina e duloxetina, outras abordagens também são importantes para o tratamento da fibromialgia como fisioterapia, psicoterapia, massoterapia e atividades físicas adaptadas como natação e hidroginástica.
O lúpus, por sua vez, é uma doença autoimune que pode afetar diversos órgãos, incluindo o sistema nervoso. Ele pode causar problemas neurológicos como AVC, dores de cabeça, confusão mental e até convulsões. Assim como as outras doenças, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para evitar complicações ainda mais graves.
![Lúpus](https://uploads.acordacidade.com.br/wp-content/uploads/2024/05/10191458/Lupus-freepik.jpg)
“Pode comprometer a pele também, causar lesões e comprometer a qualidade de vida do paciente também. Mexe muito com a parte emocional, psicológica”.
Uma das dificuldades no diagnóstico da fibromialgia é a ausência de um exame específico. “Porque quando você faz os exames para investigar aquelas dores do paciente, você não vê nos exames algo muito intenso que fosse capaz de causar tanta dor que o paciente refere. Então, na verdade, a gente vai por exclusão e, de acordo com a história clínica, a evolução do paciente, você tenta fechar o diagnóstico. Você vai tentando eliminar uma série de doenças musculares, articulares, para tentar fechar com a certa precisão para não haver erro.”, explica o neurologista.
![Fibromialgia](https://uploads.acordacidade.com.br/wp-content/uploads/2023/05/12080928/fibromialgia_marcellocasal_agbrasil.jpg)
O médico ainda fez um alerta para os cuidadores dos paciente com Alzheimer, fibromialgia ou lúpus, que é sempre um desafio que exige muita dedicação e paciência. É fundamental que os familiares busquem apoio psicológico e participem de grupos de apoio para lidar com as dificuldades do dia a dia.
“O cuidador, seja lá quem for, do paciente com Alzheimer e do que está ali acompanhando o paciente de fibromialgia, necessita sempre de uma atenção, de um cuidado especial, porque ele também sofre juntamente com o paciente. Ele realmente pega um período difícil, pesado de tratamento, de complicações que as doenças trazem. E você tem que se cuidar também emocionalmente, porque senão você também adoece”.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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