Família diz ter sido perseguida por policial na Paralela; vídeos mostram confusão

Um vídeo que o Informe Baiano teve acesso nesta quinta-feira (8) mostra um carro empurrando outro dentro de um posto de combustíveis na Avenida Paralela, em Salvador. A cena, gravada na última quinta-feira (2), seria prova de uma ameaça feita por um policial militar.

Na S10 preta estava um homem, identificado como Diemerson; a esposa dele, grávida; a mãe idosa; o irmão de Diemerson e um outro filho do casal. O grupo seguia para o Aeroporto Luís Eduardo Magalhães.

Em entrevista ao Mídia Bahia, parceiro do Informe Baiano, ele conta que a confusão começou bem antes do posto. “Saindo da Paralela, passando pelo viaduto do Doron, eu fui pegando a direita e só ouvi as buzinadas. Continuei na direita, ele passou pela esquerda fazendo manobras perigosas”, iniciou Diemerson.

“Na sinaleira que existe logo à frente, próximo ao Motel Bora Bora, ele parou e começou a xingar, gesticular. Fechei os vidros e, quando o semáforo abriu, passei ao lado dele. Nesse momento, ele abriu a porta propositalmente e atingiu a mala do meu veículo”, relata.

Com a aproximação, o motorista conta que pediu para o irmão ligar para a polícia e procurou um local movimentado para parar e ver os danos ao carro. Porém, o condutor do veículo branco teria continuado a bater o veículo até que os dois chegaram a um posto, onde o vídeo começa.

Nas imagens, o veículo branco começa a arrastar a S-10 preta, arrancando até uma bomba de combustível no caminho. A gravação é feita pelos frentistas, que saem correndo ao perceber a confusão.

“O carro foi imprensado pela porta, forçando-me a sair pela janela. Eu disse: ‘Meu irmão, estou com minha família no carro, pelo amor de Deus, não quero problema’”, contou.

Quando a viatura da Polícia Militar chegou ao local para atender à ocorrência, o motorista que estaria perseguindo se identificou como policial militar. Diemerson diz ter solicitado o teste do bafômetro para ambos os condutores, mas o procedimento não foi realizado.

“O policial prometeu que o teste seria feito na delegacia, mas isso não aconteceu novamente. Além disso, o boletim de ocorrência foi registrado sem ouvir nenhuma das partes”, criticou.

Para o dono da S-10, o gente poderia estar sob efeito de alguma substância. “O policial parecia fora de si. A mulher que estava com ele tentou acalmá-lo, mas não conseguiu. Ele seguia como um louco, querendo me pegar, me bater. Não sei o que aquele homem queria”, desabafou.

Em nota, a PM informou que a corregedoria já tomou conhecimento do caso. “O fato está sendo apurado por meio de procedimento administrativo para averiguação das circunstâncias e adoção das medidas cabíveis”, informou.

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