Diretora de escola municipal esclarece impasse gerado por mãe de criança com autismo

escola Diva Portela
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Após a denúncia feita pela mãe de um aluno autista, em que afirmou ter sido proibida de acompanhar o filho até a sala de aula, na escola municipal Diva Portela, em Feira de Santana, a diretora geral da escola, Dalila Dantas, respondeu as acusações da mãe.

Segundo ela afirmou ao Acorda Cidade, a mãe foi proibida apenas de ter acesso à sala de aula, já que vinha apresentando comportamento agressivo contra as professoras e outros funcionários.

“Não proibimos a mãe de nenhum aluno a entrar na escola, proibimos o acesso à sala de aula devido a um acontecimento onde essa mãe agrediu a vice-diretora verbalmente, entrou na sala de aula para questionar a professora sobre o trabalho dela na frente dos alunos e se direcionou a cuidadora dizendo que ele não tinha competência para cuidar do aluno”, relatou.

diretora de escola Diva Portela
Diretora geral da escola, Dalila Dantas | Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

A diretora disse ainda que uma queixa já foi prestada contra a mãe do aluno e afirmou que a direção teve uma conversa com o pai da criança explicando a situação e solicitando que ele ficasse responsável por levar o aluno para a escola. “Conversamos com o pai, que ficou responsável para trazer a criança para a escola, onde a criança é recebida pela cuidadora no portão interno. A gente não proibiu a entrada dela na escola”, frisou.

A diretora Dalila Dantas ainda falou sobre os questionamentos da mãe em relação ao Plano de Educação e a falta de informações sobre as atividades desenvolvidas na escola, o que ela alegou não ser verdade.

“Quando a mãe questiona do plano de educação, questiona que a escola não tem um feedback, uma comunicação direta com relação ao trabalho diário que tem sido feito, nós temos todas as provas, temos xerox de todas as páginas do diário, temos fotos e vídeos de todo trabalho de inclusão que é feito com todos os alunos. Todos são bem assistidos dentro das nossas possibilidades. Quero esclarecer que falta de auxiliar e de cuidador não é um problema da escola, é um problema da rede, não posso solucionar um problema que vem de uma instância maior que é a secretaria municipal de Educação, então tem problemas que são pontuados que são da rede como um todo, inclusive falta de professores”, disse.

A diretora defendeu que ninguém tem o direito de agredir verbalmente outra pessoa, especialmente um servidor público no exercício do trabalho. Ela disse ao Acorda Cidade que a escola tem provas, inclusive imagens de câmeras e testemunhas, de que houve desrespeito por parte da mãe contra a equipe da escola no ambiente de trabalho.

“Muitas coisas são taxadas de forma equivocada e ela está taxando a escola como uma escola que não trabalha com inclusão e a diretora da escola como se estivesse impedido a mãe de uma criança com autismo de entrar, mas na verdade não é isso. Gostaria de esclarecer para a comunidade que quando um funcionário público é agredido, no uso das suas atribuições, isso é um crime, e ela chegou de forma agressiva para falar com a vice-diretora, fazendo ofensas ao nosso profissionalismo. Nenhuma cuidadora quer ficar com criança por causa da postura da mãe. Entendo que ela passa muita dificuldade, mas a questão de ter respeito, reivindicar algo com respeito e diálogo é o que a gente prioriza. Em momento nenhum a gente deixou de ouvir essa mãe, mas sempre com horário marcado”, disse.

A diretora Dalila Dantas finalizou cobrando respeito aos profissionais de educação. “Nós, enquanto funcionários públicos, enquanto gestores da escola e profissionais de educação, precisamos ser respeitados. A gente não tem a obrigação de ser desrespeitado e achar que a escola é lugar que qualquer um pode entrar sem ter uma regra a ser cumprida”.

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Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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