Delegados relatam como agia jogador de futebol suspeito de praticar estupros, assaltos e extorsão

Delegados relatam como agia jogador de futebol suspeito de praticar estupros, assaltos e extorsão
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

O jogador de Futebol Tico Baiano, preso na terça-feira (18) pela Polícia Civil em Feira de Santana, suspeito de praticar estupros, assaltos, extorsões e constrangimento ilegal, passou por audiência de custódia e já foi encaminhado para o Conjunto Penal de Feira de Santana. Segundo a polícia, no total, 11 pessoas foram vítimas do jogador, a maioria mulheres garotas de programa e estudantes universitárias.

O coordenador da Polícia Civil, delegado Yves Correia, informou ao Acorda Cidade que as vítimas identificaram o suspeito como autor dos crimes. Outro detalhe que o delegado destacou é que o jogador não agia sozinho. Segundo ele, existe a suspeita de que outros dois homens participavam dos crimes e a polícia segue investigando para identificar e localizar esses suspeitos.

delegado yves correia
Delegado Yves Correia | Ed Santos/Acorda Cidade

“Essa é uma prisão muito importante para a sociedade de Feira de Santana e do Brasil, porque ele é um atleta interestadual. Identificou-se na investigação que ele já atua há um ano e que ele não agia sozinho. A última atuação dele que temos conhecimento foi em relação a alunas da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Ele invadia casas de meninas que moravam sozinhas, roubava, empregava violência, extorquia e fazia com que elas transferissem dinheiro. Ele agia não apenas no crime contra a dignidade sexual, mas também em relação ao crime patrimonial”, afirmou.

delegada Lorena Almeida
Delegada Lorena Almeida | Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

A delegada Lorena Almeida, titular da 2ª Delegacia, destacou que ele buscava vítimas em situação de vulnerabilidade, por, de certa forma, elas oferecerem menor resistência. “Em primeiro momento eram mulheres que trabalhavam como garotas de programa e no segundo momento estudantes universitárias que não são da cidade, que moravam sozinhas”, relatou.

delegado Eudes Aquino
Delegado Eudes Aquino | Ed Santos/Acorda Cidade

O delegado Eudes Aquino, que é adjunto da 2ª Delegacia, informou que o jogador de futebol suspeito de praticar estupros, assaltos e extorsão também já praticou esses crimes no estado do Ceará, onde existe uma ação penal contra ele, inclusive com audiência em data próxima. Além disso, o delgado disse ao Acorda Cidade que o clube em que ele atuava no momento já foi avisado dos crimes e publicou uma nota informando sobre sua relação contratual com o atleta.

“Segundo o clube, ele pertencia ao Feirense e estaria emprestado ao Horizonte do estado do Ceará. Posteriormente esse empréstimo foi passado ao clube da cidade de Catalão, em Goiás, chamado Crac”.

Como agia o suspeito

Também em entrevista ao Acorda Cidade, o delegado Lázaro Leonardo, adjunto da 2ª Delegacia, explicou como o jogador de futebol suspeito de praticar estupros assaltos e extorsão, agia para chegar até as vítimas.

Delegado Lázaro Leonardo
Delegado Lázaro Leonardo | Ed Santos/Acorda Cidade

“Ele se passava por cliente através de aplicativo e marcava com elas. Quando ele ficava sozinho com a mulher, ele anunciava o crime, praticava tortura psicológica, muitas vítimas falam que ele usava arma, ameaçava em busca de bens e transferências bancárias. Depois que ele percebeu que a fama dele estava ficando grande entre essas profissionais, ele passou a procurar outras vítimas, as estudantes universitárias que moram sozinhas. Ele cercava as mulheres, ameaçava e usava facas”.

De acordo com o delegado, o primeiro caso registrado contra o jogador foi em 2022, mas ainda não havia a identificação dele. Com o surgimento de outros casos e o trabalho de inteligência da Polícia Militar, chegou-se até o jogador.

“Os fatos foram se repetindo ao ponto de um vínculo ser criado. Então as ações de inteligência monitoraram as contas bancárias e tivemos acesso as imagens dele. As vítimas não tiveram dúvidas sobre o reconhecimento formal e a identificação dele. Aprendemos o celular, mas a arma de fogo não conseguimos apreender. Sabemos que ele utilizou uma arma com muitas vítimas, mas ele não falou sobre a arma”.

Sobre o que o suspeito teria alegado em depoimento, o delegado Lázaro informou que em alguns momentos ele admitiu que conhecia de alguma forma as vítimas, que teve algum relacionamento com elas, mas em momento algum deixou claro que teria praticado crimes contra elas.

Jogador de futebol suspeito de praticar estupros, assaltos e extorsão, Tico Baiano, já atuou em dois times feirenses, o Fluminense de Feira e o Bahia de Feira. Ele também já passou pelo time baiano Barcelona de Ilhéus.

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Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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