Déficit das contas externas cresce 580% em agosto e atinge maior valor em 10 anos

As contas externas do Brasil registraram um déficit de US$ 6,59 bilhões em agosto de 2024, o maior saldo negativo para o mês nos últimos 10 anos. O resultado, divulgado nesta quarta-feira (25) pelo Banco Central, representa um aumento de 580,2% em relação ao mesmo período de 2023, quando o déficit foi de US$ 969 milhões. O relatório completo está disponível no site da instituição.

As transações correntes, que incluem o saldo da balança comercial, serviços e rendas, são calculadas mensalmente pelo Banco Central. No mês de agosto, a balança comercial registrou superavit de US$ 4 bilhões, um recuo significativo em relação aos US$ 8,8 bilhões do mesmo mês no ano anterior. As exportações de bens totalizaram US$ 29,2 bilhões, com queda de 6,8%, enquanto as importações cresceram 12,0%.

Na conta de serviços, o saldo ficou negativo em US$ 4,7 bilhões, um aumento em relação ao déficit de US$ 3,1 bilhões registrado em agosto de 2023. Já o déficit na renda primária, que inclui remessas de juros, lucros e dividendos, somou US$ 6,2 bilhões, um valor 12,1% menor que o registrado no ano anterior.

Nos últimos 12 meses, o déficit nas transações correntes acumulou US$ 38,6 bilhões, equivalente a 1,75% do PIB. Em agosto de 2023, o saldo negativo era de US$ 32,2 bilhões, ou 1,54% do PIB.

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