Até às 12 horas do dia 3 de janeiro, 7 mil mulheres já se alistaram para concorrer a uma das 1.465 vagas disponibilizadas em Brasília (DF) e em outros 28 municípios de 13 estados. De caráter voluntário e inédito nas Forças Armadas, o alistamento militar feminino foi iniciado no dia 1º de janeiro e seguirá até 30 de junho de 2025.
As interessadas poderão escolher a Força que desejam incorporar, lembrando que serão levadas em consideração a disponibilidade de vagas, aptidão da candidata e a especificidade exigida pela Marinha, Exército e Aeronáutica. O processo de recrutamento será realizado em etapas: alistamento, seleção geral, seleção complementar, designação/distribuição e incorporação. A seleção inclui entrevista, inspeção de saúde (exames clínicos e laboratoriais) e testes físicos.
As selecionadas serão incorporadas no 1º ou 2º semestre de 2026 (de 2 a 6 de março ou de 3 a 7 de agosto), ocupando a graduação de soldado (Exército e Aeronáutica) ou marinheiro-recruta, no caso da Marinha, e terão os mesmos direitos e deveres dos homens.
Conforme o Decreto nº 12.154, de 27 agosto de 2024 , o serviço militar terá duração de 12 meses, podendo ser prorrogado por até oito anos. O Ministério da Defesa pretende aumentar, progressivamente, o número de mulheres recrutadas pelo Serviço Militar Inicial Feminino, atingindo o índice de 20% das vagas.
As Forças Armadas possuem 37 mil mulheres, o que corresponde a cerca de 10% de todo o efetivo. Atualmente, as mulheres atuam nas Forças principalmente nas áreas de saúde, ensino e logística ou têm acesso à área combatente por meio de concursos públicos específicos em estabelecimentos de ensino, como o Colégio Naval (CN), da Marinha, a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) e a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), da Aeronáutica.