O Colégio da Polícia Militar (CPM) Dona Leonor Calmon, localizado na Rua A, Jaguaripe I, Fazenda Grande 2, em Salvador, anunciou que, seguindo a Portaria 190/2024, os alunos classificados como “conservados” nos resultados finais serão automaticamente promovidos à série seguinte em Regime de Progressão Parcial (RPP). A decisão, válida para toda a rede estadual, gerou críticas entre professores, estudantes e a sociedade em geral.
A medida é uma consequência direta da política defendida pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), que causou forte repercussão nas redes sociais. Vídeos de estudantes ironizando a decisão viralizaram, como em publicações que agradecem ao governador e fazem piadas sobre a recuperação escolar: “Obrigado, Tio Jerônimo” e “Agora é só esperar o abençoado do Jerônimo fazer a parte dele”.
Reações negativas à aprovação em massa
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) posicionou-se contra a portaria, destacando os impactos negativos que a aprovação automática pode trazer ao aprendizado dos estudantes. Segundo a APLB, essa política desvaloriza o esforço dos professores e ignora a necessidade de intervenções pedagógicas adequadas para os alunos que não alcançaram o desempenho esperado.
Em fevereiro, o governador justificou a iniciativa argumentando que reprovar alunos é uma falha institucional: “Quando reprova, é a escola que está reprovada. É a escola que não tem condição de dizer: quero curar você da escuridão”, afirmou.