Criminosos em São Paulo tinham acesso aos sistemas da Polícia Militar (PM) tanto da capital quanto do interior, o que lhes permitia monitorar viaturas em tempo real e facilitar a fuga durante roubos e outros crimes. A informação foi divulgada pela Polícia Civil.
De acordo com a investigação, Luis Fernando Schneider Monte, um dos suspeitos detidos, foi o primeiro a acessar as senhas da PM. Após conseguir as credenciais, ele as revendia para quadrilhas, permitindo que os criminosos acompanhassem as movimentações das viaturas e ações da polícia. O valor pago por uma senha chegou a R$ 50 mil, segundo a investigação.
Monte teria adquirido as senhas de um policial militar, que se apresentava como integrante do 8º Batalhão da Polícia Militar, localizado na zona leste de São Paulo. Em depoimento, o suspeito afirmou que pagou R$ 50 mil pelo acesso aos sistemas. Além de informações sobre as viaturas, o sistema da PM também disponibilizava dados sensíveis da população, que poderiam ser usados pelos criminosos para planejar e executar crimes com maior precisão.
A defesa de Luis Fernando Schneider Monte, representada pelo advogado Reinalds Klemps, nega as acusações. Em entrevista ao Domingo Espetacular, Klemps afirmou que “em nenhum momento a autoridade policial comprova qual o sistema ele acessou, qual senha e login ele usou”, alegando que o suspeito é inocente.
