A pequena Eloá Gomes Silva Oliveira, de apenas 10 anos, diagnosticada há cinco meses com duas pedras na vesícula, vive uma rotina de dor e espera por uma cirurgia que ainda não tem data para acontecer. Desde o diagnóstico no Hospital Estadual da Criança (HEC), em Feira de Santana, a família enfrenta dificuldades para conseguir o procedimento indicado pelo médico da unidade, processo esse, essencial para aliviar as crises recorrentes e evitar complicações ainda mais graves para a menina.
Marco Oliveira, pai de Eloá, conversou com o Acorda Cidade para fazer um apelo pela cirurgia da criança, que, segundo ele, já são cinco meses aguardando a ligação do hospital. Ele contou que a rotina da família é entre a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e o HEC.
“Às vezes ela tem crise, a gente leva para as UPA, já levou para o HEC. Do Hospital da Criança eles mandam para a UPA para tomar medicamento e lá o pessoal da UPA falou que tem que ser urgente essa cirurgia, que é muita dor que ela sente. Se ela continuar tendo crise assim, pode ocasionar alguns problemas graves de saúde.”
A demora tem impactado diretamente a rotina de Eloá e da família. Segundo o pai, as crises intensas de dor acontecem duas, três vezes e obrigam visitas frequentes à UPA, onde a menina recebe medicação intravenosa, já que os remédios prescritos para uso em casa não surtem o efeito esperado.
Além disso, o quadro emocional da criança tem se agravado por conta do problema.
“Geralmente ela fica até com medo de comer alguns alimentos. Opa, será que vai doer? Isso já está afetando o psicológico dela, ela fica com medo de comer. Geralmente dorme. Agora, essa noite mesmo, ela acordou quatro horas da manhã sentindo dores. A gente deu uma medicação e ela conseguiu dormir.”
Marco também falou sobre os custos financeiros com o tratamento. Entre medicamentos, transporte e outras despesas, a família tem enfrentado dificuldades adicionais. “Quando a gente sai da UPA, já passa na farmácia para comprar mais remédio para dor, fora transporte que a gente pega para levar a criança.”
Além disso, eles ainda lidam com os danos causados por alagamentos no bairro Parque Panorama, onde residem. Segundo ele, as chuvas do último ano destruíram móveis e comprometeram ainda mais a estabilidade da família.
“Eu moro ali na rua Silvina Marques de Oliveira, uma das ruas que foi prejudicada bastante, a rua do Posto de Saúde. No ano passado perdemos praticamente todos os móveis, guarda-roupa, cama das crianças, da gente. E tem esse processo ainda psicológico, que estamos, aos pouquinhos, tentando superar isso aí.”
Para Marco, a espera pela cirurgia de Eloá não é apenas uma questão de alívio imediato das dores, mas também de evitar que o quadro da menina se agrave.
“Que o HEC dê uma atenção aí especial, porque ela está sentindo muita dor, que eles dessem um retorno para a gente. Ficamos em casa angustiados, eles não ligam, já tem cinco meses já esperando essa ligação deles para fazer essa cirurgia. Eu peço, pelo amor de Deus, que eles entrem em contato com a gente, para dar uma posição. Isso que o pessoal da UPA fala, que tem que ser urgente essa cirurgia.”
O Acorda Cidade entrou em contato com o HEC e aguarda retorno.
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