Comoção: velório de jovem morto por engano em Feira de Santana é marcado por muita dor e homenagens

Velório de Kauan Gomes
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Esta quinta-feira (19) foi mais um dia de tristeza para amigos e familiares do jovem Kauan Gomes de Araújo, de 20 anos, que foi morto por engano em Feira de Santana. O velório aconteceu na Igreja Evangélica Congregacional, no conjunto Feira X, dois dias após o falecimento, em razão do procedimento para a retirada de órgãos para doação.

Durante a cerimônia, marcada por homenagens emocionantes, Reinaldo Gomes, primo de Kauan, cantou uma música que tocou a todos os presentes. Ao Acorda Cidade, ele comentou a escolha da canção e sua relação com o jovem:

“Essa música Vai Valer a Pena, de Juliano Son, do ministério Livres Para Adorar, tem um clique que mostra um trem e uma criancinha. A criancinha estava brincando embaixo e o pai dela que estava conduzindo praticamente teve que sacrificá-la para salvar outras vidas. Nós sentimos Kauan como uma semente para salvar outras vidas. Já tem um coraçãozinho dele que hoje está batendo em outra pessoa, e em outra estão os rins dele. Também foram doados córneas e pâncreas.”

Reinaldo relembrou o momento difícil de ver os órgãos sendo transportados:

“Parece que as coisas começam a ter um significado. Eu estava firme a tarde toda, mas naquele momento a gente chora, né? Saber que outras vidas estão sendo alcançadas também. O filho de uma pessoa que vai receber um dos órgãos comentou numa publicação, encontrou nosso Instagram, e disse que queria manter contato. Isso dá um pouco de conforto.”

Ele também expressou preocupação com a tia, mãe de Kauan:

“Estamos muito preocupados com nossa tia, não queremos deixá-la sozinha. Porque eles eram muito parceiros, conviviam muito juntos, e a gente sabe que a falta dele será ainda mais sentida por ela.”

Leonardo Alves, amigo de Kauan, destacou momentos felizes vividos ao lado dele e lamentou a tragédia:

“É um momento muito triste, e a gente não consegue imaginar a dor que a família está sentindo.”

Adriane Rodrigues, amiga de infância do jovem, pediu por justiça:

“O que fica para a gente agora é a vontade de justiça, e agradecer a Deus porque ele ajudou a salvar outras vidas por meio da doação dos órgãos. Tem essa continuidade.”

A família de Kauan se despede com o consolo de que a doação de seus órgãos permitirá que outras vidas sejam transformadas, mesmo em meio à dor de sua perda.

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