No dia 13 de maio de 1992, o Papa João Paulo II, instituiu o Dia Mundial do Enfermo a ser celebrado, anualmente, em 11 de fevereiro. O objetivo é sensibilizar a comunidade mundial sobre a situação dos doentes e, das pessoas que as assistem nas famílias, nas comunidades, nas unidades de saúde e nos hospitais. Como lidar com a doença e com os doentes?
AS ENFERMIDADES sempre foram consideradas um grande problema que aflige a humanidade. Não há no mundo criatura humana que não tenha algum sofrimento. Ele é o “pão nosso” de cada dia e se faz presente em todos nós. Nascemos em meio à dor e morremos abraçados pelo sofrimento. Além dos sofrimentos físicos, temos outros que são ainda piores: calúnia, ingratidão, traição, desemprego, fome, depressão, solidão…
HOJE, apesar dos mais sofisticados avanços da ciência, particularmente da Medicina, o número e a diversidade de doenças estão aumentando. É possível constatar isso em ambulatórios, consultórios, clínicas, centros de saúde e hospitais, onde, já de madrugada, chegam doentes tentando assegurar o direito de serem atendidos. Com frequência, o número excessivo de pessoas, obriga médicos a exames rápidos. A situação fica ainda pior por causa das dificuldades para internação de pacientes.
DOIS GRANDES desafios se apresentam no momento. O primeiro é o de prevenir doenças. Muitas delas, quase desaparecidas de nosso país, já forçaram nova entrada e ocupam vastas extensões. Basta lembrar a Hanseníase (Lepra), a Tuberculose, a Malária, a Dengue, a Chikungunya, a Zica… A segunda medida, inadiável, é a de aproximar médicos e medicamentos para mais perto dos doentes. Muitos doentes, particularmente os idosos, gastam quase toda a sua aposentadoria em medicamentos.
DEUS não quer doenças, sofrimentos, aflições e a própria morte. Não é Ele quem os envia para nós. Todas essas tribulações nos vêm de nossa realidade humana. Mas por que Deus permite que isso aconteça? O Papa Francisco responde: “A fé nos revela que Deus acompanha nossas enfermidades e transforma em bem, tudo o que nos acontece, mesmo as coisas ruins”. É no silêncio da enfermidade que Deus conversa com cada um de nós.
POR OCASIÃO do Dia Mundial do Enfermo – 11 de fevereiro – manifestamos nossa gratidão a todos os profissionais de saúde comprometidos em prevenir doenças e prolongar a vida. Merecem reconhecimento especial os membros da Pastoral da Saúde e todos os que cuidam de doentes. Quando cuidamos ou visitamos um doente, estamos visitando ou cuidando do próprio Jesus, que disse: “Eu estava doente, e cuidastes de mim” (Mt 25,36).
Dom Itamar Vian
Arcebispo Emerito
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