Você sabia que o Colégio Modelo Luiz Eduardo Magalhães de Feira de Santana oferece cursos técnicos profissionalizantes e Ensino Médio em tempo integral? Pois bem, essas informações foram divulgadas pelo diretor da unidade, Edvan Pedreira, durante o Programa Acorda Cidade, pela Rádio Sociedade News 102.1 FM, na manhã desta terça-feira (4).
O gestor que atua na direção há quase 18 anos, participou do programa para divulgar essas e outras oportunidades que a unidade está oferecendo, como as matrículas para o Ensino Médio em tempo integral.
Em entrevista ao Acorda Cidade, ele trouxe mais informações sobre as vagas disponíveis e orientou a comunidade sobre o processo de inscrição. Pelo quarto ano consecutivo, a unidade já atende o Ensino Médio em tempo integral.
O colégio oferece vagas para o 1º, 2º e 3º ano do Ensino Médio. Segundo o professor Edvan, um dos desafios enfrentados foi a dificuldade dos pais e alunos em localizar as vagas no sistema de matrículas online, já que o colégio funciona exclusivamente em tempo integral.
“A comunidade teve dificuldade na hora de efetuar essa matrícula porque ao procurar a escola no site, procurava turno matutino ou vespertino, então não localizava as vagas, teria que colocar tempo integral”, explicou o diretor. Para garantir a vaga, os interessados devem se dirigir diretamente à unidade escolar.
O colégio Modelo sempre foi uma referência de ensino na cidade, sendo um dos mais requisitados pelos pais e estudantes. Segundo o diretor, em média são registradas de 12 a 15 turmas por ano apenas no 3º ano.
O Ensino Médio em tempo integral já está consolidado no colégio, mas para Edvan, as pessoas ainda não se familiarizaram com a modalidade. Apesar disso, o ensino de tempo integral tem mostrado impactos positivos no desempenho acadêmico dos alunos.
“Nós tivemos a primeira turma concluindo com essa modalidade de ensino, e o resultado foi muito significativo em relação às turmas do parcial. Eu falo esse significativo em relação ao resultado no Enem, resultado na prova SAB, que é uma prova de eficiência que o governo sempre está aplicando. Então, os alunos têm um desempenho superior em relação às turmas do parcial. Isso devido à carga horária, que ela é ampliada. Onde no parcial eles têm apenas 20h, no integral eles trabalham com 35h”, destacou Edvan.
O regime integral possui uma estrutura adequada para atender às necessidades dos estudantes durante todo o dia. Os alunos entram às 7h20 e só saem às 15h40, com intervalos programados para alimentação e descanso.
“Eles têm o lanche reforçado às 10h, o almoço dentro da propriedade escolar e, antes de sair às 15h40, outro lanche reforçado. E aqueles que estudam no noturno, que tem lá outra modalidade de ensino, chegam, jantam para poder ir para a sala de aula”, explicou.
Desafios e novas regulamentações (Proibição dos celulares nas escolas)
Entre os desafios da gestão escolar, Edvan destacou a dificuldade no envolvimento das famílias no acompanhamento dos alunos, principalmente no Ensino Médio. Outro tema abordado foi a regulamentação do uso de celulares em sala de aula. A unidade já tinha normas internas restringindo o uso, mas com a nova portaria do governo, a expectativa é reforçar essa medida. Inclusive, esse tem sido uns dos assuntos discutidos entre gestores e professores na Jornada Pedagógica 2025, que começou na última segunda (3) e segue até amanhã (5).
“Isso causa alguns transtornos e é preciso que a unidade escolar tenha um suporte pedagógico muito bom para dialogar, buscar e dialogar. Porque hoje, esse embate direto com aluno não é muito bom, não traz muito resultado. A gente tem conseguido algumas conquistas, mas dialogando. E nós temos aí pela frente alguns desafios. Vem aí a portaria do celular que já estamos estudando como gerenciar esse problema, que não é fácil. É preciso que o MEC, juntamente com a sua estrutura, Secretaria da Educação, comece a normatizar isso aí, para dar mais suporte às unidades escolares e aos seus gestores a trabalhar com essa situação”, pontuou.
O assunto também foi abordado na abertura da Jornada Pedagógica pelo palestrante, escritor e psicólogo Rossandro Klinjei, que destacou os impactos positivos da limitação do celular na escola. (Relembre aqui)
“Esse problema do celular, ele é muito gritante. Lá na unidade escolar, nós já tínhamos uma medida interna que proibia o uso do celular. E conversávamos com os pais nas primeiras reuniões, no início do ano letivo, e conscientizávamos o aluno em relação a isso. Mas sempre tinha desobediência. E isso era muito visível no momento da avaliação que o aluno era pego com o celular, tentando colar ou no momento que o professor estava administrando a aula e o aluno disperso, tentando driblar com o celular. E nós teríamos que punir. Chamava o pai, está aqui, está divertido, para não repetir. Mas as ocorrências sempre estavam acontecendo. E agora é preciso um diálogo. Diálogo enquanto não sai a normativa. Porque é preciso normatizar. Porque no decreto presidencial, está lá, não fala que é proibido portar o celular. Então, como é que a escola vai reter o aparelho do aluno? Não tem como fazer isso. E não deve. Então é preciso conscientizar mesmo.”
Cursos técnicos
Além do Ensino Médio regular, o Luiz Eduardo Magalhães também oferece cursos técnicos no período noturno, com foco na área de negócios. “Nós temos cursos profissionalizantes subsequentes na área de administração, logística, recursos humanos. Tem também o técnico com o concomitante, o Ensino Médio com o profissionalizante, isso está lá tudo no noturno”, informou Edvan.
A escola também atua como unidade certificadora da CPA (Certificação de Pessoas Adultas), a única do Núcleo Territorial de Educação Portal do Sertão (NTE-19), permitindo que jovens e adultos que não concluíram o Ensino Fundamental ou médio possam obter o diploma por meio de provas agendadas.
“Então, aquelas pessoas que, por algum motivo, se distanciaram da escola, mas que precisam desse documento, precisam para ter acesso ao emprego, tanto o fundamental quanto o médio, podem comparecer ao Colégio Modelo, fazer a inscrição e fazer as suas provas. As provas são agendadas Colégio Modelo SEC, tem um setor apropriado para isso e vão fazendo gradativamente até sair o seu documento”.
Para quem não conseguiu concluir o Ensino Médio por conta de uma, duas ou três matérias também podem realizar o processo e concluir sem a necessidade de repetir todo o 3º ano.
“Eles vão lá, se inscrevem e fazem a prova só daqueles componentes que perderam. Tanto o término do fundamental, para ter acesso ao médio, quanto o médio para poder ter acesso ao superior. As pessoas não têm conhecimento dessa informação e ficam paradas lá no tempo e a escola oferece tudo isso”.
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