CGU investiga contratos milionários de empresa que prestou serviço ao Governo Federal em Salvador

A Controladoria-Geral da União (CGU) está investigando a R7 Facilities, empresa que firmou contratos com o governo federal no valor total de R$ 13,1 milhões desde março deste ano. A suspeita é de que a empresa utilizou “laranjas” e endereços de fachada para obter esses contratos, que envolvem diversos órgãos, como o Ministério da Educação, o Ministério da Agricultura e o Banco Central.

De acordo com informações do site Metrópoles, o proprietário da R7 Facilities é Gildenilson Braz Torres, um técnico em contabilidade que reside na periferia do Distrito Federal. Registros da Receita Federal indicam que Torres recebeu auxílio emergencial e tinha apenas R$ 523 em suas contas em 2022, conforme um processo de execução fiscal em andamento.

Apesar da investigação em curso, a R7 Facilities continuou a ser contratada por órgãos federais. Em 1º de maio, a empresa celebrou um contrato de R$ 6,7 milhões com o Ministério da Agricultura e Pecuária para serviços de engenharia civil, com vigência de um ano. No dia 31 de maio, a empresa foi escolhida para prestar serviços de engenharia na sede do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), totalizando R$ 5,5 milhões em um contrato de um ano e meio.

Além disso, em junho, a R7 Facilities foi selecionada pelo Banco Central para realizar serviços de manutenção na sede da instituição em Salvador, em um contrato que soma R$ 900 mil, também com duração de um ano, assinado por meio do Ministério da Fazenda.

As investigações da CGU levantam preocupações sobre a integridade dos processos de licitação e a transparência nas contratações públicas, destacando a necessidade de um acompanhamento rigoroso para evitar irregularidades e garantir a boa gestão dos recursos públicos. A situação segue em apuração, enquanto os órgãos governamentais continuam a contar com os serviços da R7 Facilities.

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