Cardiologista destaca importância da prática de exames antes de iniciar atividades físicas

Atividade Física
Foto: Agência Brasil (Arquivo)

Antes de iniciar qualquer prática de atividade física, é essencial garantir que o corpo esteja preparado para os esforços que serão realizados. Na oportunidade, a realização de exames, principalmente, cardiológicos, desempenha um papel fundamental neste contexto.

O coração, é o órgão principal do corpo humano, e identificar possíveis condições ou limitações cárdicas previamente pode evitar riscos à saúde, como arritmias, infartos ou outras complicações cardiovasculares.

Pensando nisso, o Acorda Cidade conversou com o médico cardiologista Edval Gomes, que detalhou a importância da prática de atividade física neste início de ano, mas de forma paralela, a realização de exames com o intuito de identificar algum problema de saúde.

Edval Gomes
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

“A avaliação médica é importante para todos, independentemente da prática de atividade física, o que faz parte de uma rotina saudável. Aquelas pessoas que pretendem realizar alguma atividade física ou seja aquelas pessoas que são consideradas como sedentárias, inativas, devem fazer uma avaliação com o médico para saber se existe algum sintoma que possa indicar a presença de alguma doença escondida, sobretudo porque estas pessoas sedentárias, o risco é maior”, comentou.

Um dos processos, antes de realizar os exames, é saber se a pessoa possui histórico familiar com doenças cardiovasculares.

“A nossa avaliação começa com uma entrevista, o médico vai poder verificar se a pessoa possui sintomas, o histórico pessoal, o histórico familiar, se existe início de alguma cardiopatia presente e, eventualmente, exames complementares como por exemplo, o eletrocardiograma. Esse exame é muito simples, mas extremamente valioso para a pré-atividade física”, disse.

Sintomas

Ao Acorda Cidade, o médico cardiologista Edval Gomes listou alguns sintomas que podem servir como alerta.

“Os sintomas são os que mais chamam a atenção e que devem ter um cuidado especial, como um desconforto, um mal estar no peito relacionado ao exercício, ou seja, se a pessoa caminha, se faz uma bicicleta, se dança e durante a prática, ela sente algum desconforto no peito, isso é muito importante para ser observado. Se durante a atividade física, a pessoa sente um cansaço, desmaio, palpitações, aceleramento no coração, falta de ar, se cansa subindo uma escada, uma ladeira, são sintomas que merecem muita atenção”, pontuou.

Centro Médico Cardiovascular
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

Para o cardiologista, existem três faixas etárias diferentes, que merecem atenção.

“A preocupação quando a gente faz uma avaliação, é a prevenção de morte subida. A morte subida possui dois grupos de doenças que estão associadas ao esporte. O indivíduo mais jovem, abaixo de 35 anos, ele tem doenças de nascimento congênita, são doenças genéticas. 35 anos para cima, são doenças mais comuns gerando eventos graves, são as doenças arteriais coronarianas, o próprio infarto, então em cada grupo deste, nós vamos ter uma certa prioridade pela faixa etária, pelo histórico familiar. Já para pessoas de 40 anos para cima, aí a doença artéria coronariana tem uma incidência mais alta, o cuidado deve ser redobrado”, declarou.

Benefícios da atividade física

De acordo com Edval Gomes, a prática da atividade física faz com que a taxa de eventos cardiovasculares possa ser reduzida, além de outros benefícios.

“A atividade física é extremamente importante, e quero reforçar que ela é benéfica para o nosso organismo, isso melhora a taxa de eventos cardiovasculares, reduz as chances de infarto, derrame, de doenças circulatórias, insuficiência cardíaca, melhora a força muscular, parte emocional e tantos outros benefícios. A gente deve encorajar o máximo possível as pessoas que ainda não fazem atividade física. O ano está apenas começando, se a pessoa já tem mais de 40 anos, é uma pessoas que tem sintomas, pretende fazer uma atividade moderada ou intensa ou apenas por lazer, não seja apenas uma caminhada, mas um esforço um pouco maior. Se esta pessoa tem histórico familiar, faça a sua avaliação médica, um eletrocardiograma, mas não deixe de passar por um médico”, alertou.

Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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