BOMBA EM IPIAÚ: MP denuncia esquema que desviou milhões e filha de Maria é proibida de entrar na prefeitura

O GAECO, Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público da Bahia, descobriu um enorme esquema de corrupção na Prefeitura de Ipiaú. Uma investigação minuciosa revela que um grupo ligado a prefeita Maria (PP) é suspeito de desviar recursos por meio de contratos com preços exorbitantes e também de empregar organizações para realizar transações financeiras de maneira ilícita, visando dissimular a procedência dos fundos.

Na terça-feira (24/09), a Polícia Federal executou uma operação e apreendeu veículos e valores das contas da Mendonça Patrimonial. A PF não revelou detalhes da investida.

A apuração do MP revela que alguns dos alvos da operação possuem vínculos com cargos na gestão municipal e, ao invés de promover licitações transparentes para acordos públicos, teriam favorecido a contratação fraudulenta de empresas. Também foram citados sinais de atividades ilegais ligadas à má execução dos contratos e à utilização das empresas para desvio de verbas públicas. As transações financeiras suspeitas e sem embasamento legal ou econômico, sugerem a prática de lavagem de dinheiro.

O Ministério Público solicitou a devolução de mais de R$20 milhões e ainda R$5 milhões c como danos morais ao erário público. Diversos indivíduos são citados como integrantes da organização criminosa, onde cada um desempenhava um papel distinto, que vai desde agentes públicos até empresários. Em síntese, a acusação descreve as atividades do grupo criminoso para desviar recursos públicos e dissimular esses valores por meio de empresas e contratos fraudulentos. As empresas envolvidas são a Transloc, Conserv e TSP Transerv.

O GAECO afirma tratar-se de um grupo econômico-empresarial com o propósito de desviar verbas públicas por meio de contratos com preços inflacionados. De acordo com o GAECO, eles se valiam das empresas como “fachadas” para justificar serviços que, muitas vezes, não eram prestados ou eram cobrados acima do valor de mercado. Utilizando essas empresas, eles movimentavam os recursos visando ocultar a origem do dinheiro, configurando assim a prática de lavagem de dinheiro.

Alguns suspeitos, como Flávia César Mendonça, exerciam funções administrativas, supostamente aproveitando suas posições para facilitar o esquema. Flávia César Mendonça, filha da prefeita de Ipiaú, recebeu uma ordem judicial que a impede de entrar na prefeitura.

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