Balanço: 43 veículos foram recuperados em Feira de Santana com auxílio do Reconhecimento de Placas em 2024

Cicom
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

O Centro Integrado de Comunicação (Cicom) de Feira de Santana, vem desempenhando um papel importantíssimo dentro da Segurança Pública. Recebendo chamados da população através do 190 (Polícia Militar), 193 (Corpo de Bombeiros) e 197 (Polícia Civil), a unidade registrou 358 mil ligações, no que resultou em 70.990 ocorrências em 2024.

Ao total, 23.551 ocorrências foram envolvendo perturbação do sossego, representando 33,2% de todas as ocorrências registradas pelo Cicom e 6.384 ocorrências envolvendo violência contra a mulher, o que representou 9%.

Além do serviço desempenhado por todos os profissionais que atuam diretamente no Cicom, a unidade passou a ter um apoio de alta tecnologia, o que fez elevar os números positivos de prisões e, até mesmo, na recuperação de carros roubados.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o major Rosuilson dos Santos Cardoso, coordenador do Cicom, destacou que a tecnologia, sobretudo o Reconhecimento Facial, chegou na unidade para somar todas as atividades desenvolvidas pela equipe.

Cicom
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“O Reconhecimento Facial veio para somar o nosso trabalho. A gente já faz um trabalho basicamente de receber as ligações de urgências e emergências, fazer a comunicação com as viaturas, mas estas ferramentas tecnológicas, como a de Reconhecimento Facial e o de placas, veio para somar. No ano passado, nós tivemos um incremento aqui de alguns pontos instalados na cidade e, isso resultou em um acréscimo, em um ganho de mais de 140% na comparação com o ano de 2023. Então isso demonstram que a ferramenta está sendo bem utilizada, mostra-se muito eficiente e nos auxilia bastante aqui para conseguir prestar um serviço de excelência para a comunidade”, apontou.

Atualmente, o Cicom de Feira de Santana é responsável também, pelo monitoramento das cidades de Santo Amaro, Santo Estêvão e Saubara.

Em 2024, o sistema de Reconhecimento Facial conseguiu identificar 46 pessoas com mandados de prisão em aberto.

“No ano passado, nós tivemos 46 pessoas presas aqui na nossa região, destacando que na comparação com o ano de 2023, foram 19. A gente teve um aumento de cerca de 142% no número de pessoas que foram presas através do Reconhecimento Facial, é um número muito importante porque demonstra que estamos na maturidade de usar esta ferramenta. Conseguimos remanejar alguns pontos e instalar em outros locais e conseguimos ter um resultado muito positivo. A gente espera que estes números aumentem, principalmente, para assegurar as pessoas de bem que circulam na cidade com maior segurança e, para aqueles que tem algum tipo de pendência judicial, saibam que serão flagrados, seja pelas câmeras ou por policiais que estão fazendo a segurança no centro da cidade”, declarou.

Além do sistema de Reconhecimento Facial, a tecnologia, através do Reconhecimento de Placas, conseguiu recuperar 43 veículos que foram roubados em 2024.

“A gente tem as câmeras com leitores de placas e o que é que o Cicom faz? Assim que a gente recebe a informação de que o veículo foi furtado, roubado, isso via 190, a gente faz a inserção desta informação no nosso sistema de monitoramento. Através disso, imediatamente o sistema começa a fazer este acompanhamento. Na hora que este veículo passa na frente das câmeras, a gente consegue então identificar este veículo e conseguimos acionar as guarnições e recuperamos este veículo. Eu queria destacar o Reconhecimento de Placas. No nosso crescimento em relação ao ano passado, foi mais de 438%, então a gente teve uma recuperação de 43 veículos, sendo que no ano de 2023, foram apenas dois veículos. A gente tem uma ferramenta que está pronta para ser utilizada, pronta para prestar serviço à sociedade, pronta para colaborar com o serviço dos policiais também”, afirmou.

Como funciona o Reconhecimento Facial?

Ao Acorda Cidade, o coordenador do Cicom explicou como funciona a detecção de uma pessoa que está com mandado de prisão em aberto e é considerado foragido da justiça.

Cicom
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

“Para que as pessoas tenham noção, o reconhecimento facial funciona como um aplicativo que temos em nosso celular, o Google Fotos. Aquela pessoa que tirou uma foto há cerca de dois anos, em determinado momento chega uma notificação como uma lembrança daquela foto que você tirou. Outro exemplo que eu posso dizer, é que quando uma pessoa chega em uma festa, busca procurar por outra até encontrar, isso já é do próprio ser humano, então o que é que a ferramenta faz? Apenas amplia essa capacidade. Então o sistema de Reconhecimento Facial encontra uma pessoa, faz a comparação com o banco de mandados, que é m banco do CNJ e é como se o sistema estivesse dizendo: ‘olha, esta pessoa tem um mandado de prisão’, se faz o cruzamento de dados com o banco de mandado e confirma: ‘essa pessoa tem um mandado de prisão por homicídio’, um exemplo. De forma imediata, chega um alerta com a foto que consta no banco de mandados, mostra por onde esta pessoa passou e é algo muito rápido, todo este processo, leva-se em média de 30 segundos. Feito todo este processo do cruzamento de dados, chegou o alerta para o Cicom, nós acionamos as viaturas e conseguimos prender o indivíduo”, explicou.

De acordo com o coordenador, a probabilidade do sistema reconhecer a pessoa é de 90%.

“Qualquer pessoa que tenha mandado de prisão e que tenha sua foto registrada no bando de imagens, caso esta pessoa passe em frente à uma das câmeras, o sistema vai captar, vai fazer o cruzamento, vai enviar o alerta. Existe um detalhe que o sistema alerta o seguinte: ‘este indivíduo tem 90% de chance de ser este procurado’, e de certa forma, é um percentual muito elevado. Nós nunca tivemos aqui um erro com relação a este percentual. Todas as pessoas que foram abordadas, foi confirmada a identidade como sendo a pessoa que estava sendo procurada pela justiça”, completou.

Desafios

Para o major Rosuilson, ampliar os recursos já existentes no Centro Integrado de Comunicação, se torna um desafio. Segundo o coordenador, mesmo com um crescimento em larga escala comparando os anos de 2024 e 2023, ainda é possível obter mais resultados positivos.

“O que nós já temos, é uma quantidade satisfatória, mas é necessário entender que é possível ampliarmos ainda mais e, eu digo isso com muita clareza. Apesar da gente ter tido um aumento substancial, mais de 140% no aumento de pessoas presas através do Reconhecimento Facial, mais de 400% de aumento de veículos recuperados através da leitura de placas, indica que a ferramenta está sendo muito bem utilizada e tem um potencial muito maior. O que a gente está fazendo agora, é explorar este recurso, somar ao nosso conhecimento profissional e torná-lo ele cada vez mais efetivo”, concluiu.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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