
Uma audiência para debater os paredões foi realizada na tarde desta quinta-feira (13) na Câmara Municipal de Feira de Santana. Entre as questões debatidas, está a criação de um espaço disponibilizado pelo governo municipal para que as pessoas possam utilizar para a realização de paredões de forma legalizada.
O vereador Galeguinho SPA, autor do requerimento para a realização da audiência pública, destacou que a legalização e a criação desse espaço são importantes para desfazer a ideia de que o paredão só traz negatividade. Ele também defendeu a flexibilização para que todo material de som apreendido tenha um prazo de 60 dias para ser retirado pelo proprietário, mediante multa, termo de consulta e orientação.

De acordo com o vereador, existem pessoas que são profissionais e trabalham com paredão. Ele ressaltou que a discussão visa amparar essas pessoas, enquanto quem usa o paredão de forma irregular deve ser punido conforme a lei.
“Foi uma audiência produtiva com representantes de diversas categorias. Isso demonstra que é um assunto que deve ser debatido aqui na casa. As pessoas que utilizam paredões em vias públicas atrapalham as que trabalham verdadeiramente com isso. Estamos debatendo aqui com profissionais, pessoas que percorrem a Bahia inteira, levando esses paredões para entreter a população. Quem é desordeiro e não segue o que está escrito na lei será punido. Nosso intuito aqui foi separar o joio do trigo”, destacou Galeguinho.
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O Major PM Cardoso também participou da audiência pública e destacou o trabalho da Polícia Militar nas operações contra a poluição sonora em Feira de Santana. Segundo ele, os registros de ocorrências de poluição sonora somaram um total de 17.800 no ano de 2024, sendo a primeira ocorrência no ranking de acionamentos que solicitam a presença da Polícia Militar.
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Ele informou ainda que aproximadamente 30% dos recursos operacionais da Polícia Militar são destinados para esse tipo de ocorrência, destacando que esse investimento poderia ser direcionado ao combate à criminalidade.
“Foram pontuadas grandes discussões no intuito de disciplinar o uso do som automotivo, que é do interesse tanto de quem usa o som quanto de quem se sente prejudicado. É interessante que a população respeite a lei. A maior parte dos atendimentos do Cicom é de poluição sonora, e isso impacta a alocação de recursos de policiamento que poderiam estar sendo utilizados para prevenir crimes mais graves”, afirmou.
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Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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