Após a publicação da reportagem no portal Acorda Cidade, na última quinta-feira (27), na qual o Tenente-Coronel Hildon Lobão se posicionou sobre as acusações contra ele na Operação El Patrón, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), por meio da Diretoria Regional da ADPF na Bahia (ADPF/BA), enviou uma nota para esclarecer as declarações do oficial.
A nota, enviada pela assessoria da ADPF/BA, expressa repúdio às falas do Tenente-Coronel, que desclassificou a atuação do Delegado da Polícia Federal responsável pela coordenação da Operação El Patrón.
A associação reitera que a operação foi conduzida com rigor técnico e jurídico, em conjunto com o Ministério Público Estadual da Bahia, a Receita Federal e a Força Correicional Especial Integrada da Corregedoria-Geral da SSP/BA.
Confira na íntegra a nota enviada pela ADPF:
Nota de repúdio
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), por meio de sua
Diretoria Regional na Bahia (ADPF/BA), manifesta, de forma veemente, seu repúdio às
declarações proferidas pelo Tenente-Coronel Hildo Lobão, amplamente divulgadas
pela mídia, que qualificam como “irresponsável” a conduta do Delegado de Polícia
Federal que coordenou a Operação El Patrón.
A referida operação foi deflagrada de maneira conjunta pela Polícia Federal, pelo
Ministério Público Estadual da Bahia, pela Receita Federal e pela Força Correicional
Especial Integrada da Corregedoria-Geral da SSP/BA, com o propósito de desarticular
uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro proveniente do jogo do
bicho, agiotagem, extorsão, receptação qualificada, entre outros crimes.
É relevante destacar que a Polícia Federal, por intermédio de seus Delegados e
Delegadas, conduz investigações com rigor técnico e dedicação, pautando-se sempre
pelos princípios constitucionais e legais, na busca de elementos probatórios que
esclareçam as infrações penais apuradas.
Ressalta-se, ainda, que o Tenente-Coronel Hildo Lobão foi denunciado pelo Ministério
Público Estadual da Bahia pelo crime de lavagem de dinheiro, com base em
investigação conduzida e materializada pela Polícia Federal.
Infelizmente, tornou-se uma prática recorrente a tentativa de desqualificar operações
policiais conduzidas pela Polícia Federal, as quais são realizadas com estrita
observância à Constituição Federal e à legislação vigente, sob a ciência do Ministério
Público e supervisão do Poder Judiciário.
A ADPF reafirma seu compromisso com a defesa intransigente das prerrogativas de
seus associados e repudia, de forma categórica, quaisquer tentativas de
desmerecimento da atuação técnica, imparcial e legítima de Delegados e Delegadas
de Polícia Federal.
Brasília, 28 de fevereiro de 2025
Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF)
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