Neste sábado (18), o aumento das passagens de ônibus em Feira de Santana entrou em vigor, deixando muitos feirenses indignados com o reajuste. O valor da tarifa subiu para R$ 5,15 com o uso do cartão e R$ 5,50 no pagamento em dinheiro, conforme o decreto Nº 13.811, publicado no Diário Oficial no último dia 15 de janeiro.
A mudança não afeta apenas os usuários da sede, mas também os passageiros dos distritos da cidade. (Relembre aqui).
Nesta manhã de sábado (18), a reportagem do Acorda Cidade foi até o Transbordo Central para ouvir a opinião de quem depende do transporte público para se locomover pela cidade e encontrou muita gente descontente com a notícia.
“Eu estava pagando R$ 4,90, e agora R$ 5,50. Um aumento de 60 centavos é um absurdo pra gente que é salariado e tira esse dinheiro no final do mês. A passagem podia ser ao menos, R$ 4,10 a R$ 4,15, mas R$ 5,50? Isso aí dói no bolso do trabalhador”, desabafou o vigilante Edmilson dos Santos, morador do Conjunto Feira Vll, usuário diário do transporte público.
“Pego ônibus de segunda a sábado, todo santo dia”, disse.
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Para o vigilante, o aumento não deveria ser tão elevado, e a qualidade do serviço também precisa melhorar desde o aumento da frota, até o itinerários do transporte que, segundo ele, sempre atrasa.
“Podia ter mais ônibus, porque é uma demora é tanta, amenta, mas cadê os ônibus? Você passa 20, 30 minutos em um ponto de ônibus, esperando, isso aí não adianta, entendeu? Aumentar sem ter ônibus. […] Eu diria para não aumentar essa passagem, esse valor todo, que dói no bolso do trabalhador e botar mais carro. Que tem aumento, não sou conta. Tem que ter o aumento. Agora, 60 centavos não. 60 centavos de um e de outro você faz a conta, no final do mês, quanto é que dá? Dói no bolso, dói muito”, acrescentou Edmilson.
Outro vigilante, Leone Freitas, de 56 anos, também disse ao Acorda Cidade, o quanto o transporte púbico em Feira de Santana precisa melhorar, ainda mais com reajustes tão expressivos como este que entrou em vigor.
“O transporte hoje deixa desejar. O valor que eles estão pedindo, fica meio agressivo para nós, porque além de pagar junto com a empresa, aperta para o trabalhador. A prefeitura daria para fazer uma coisa melhor, como o deslocamento, aperfeiçoamento nos carros. Você vê hoje muito carro quebrar, muito desconforto, a gente está pagando isso, vamos botar assim, vai R$ 400, R$ 600 por mês que a gente bota do bolso do trabalhador”, afirmou.
Leone contou que o custos das passagens são divididos entre ele e a empresa que trabalha, mesmo assim, ainda é um valor muito caro do salário, para destinar apenas para pagamento de transporte.
“É por isso que a maioria hoje do trabalhador comprar uma moto, comprar um negócio, que é justamente que sai em conta do bolso dele. Eu peço hoje aos empresários das empresas de ônibus que olhem mais para o conforto, os carros precisam melhorar. Se vai pagar esse custo, a gente tem condições de poder usufruir do coletivo, porque tem muito coletivo que fica a desejar, até mesmo no meio de pegar o transporte público, que fica difícil, às vezes o carro para no meio do caminho porque quebra, então fica meio difícil para a gente”, relatou o trabalhador.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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