Ambulantes enfrentam dificuldades com vendas no Carnaval de Salvador: “O preço não está legal”

Campo Grande - ambulantes
Foto: Sérgio Di Salles/Acorda Cidade

No Carnaval de Salvador, a festa começa cedo para os ambulantes. Sem estrutura de apoio adequada, muitos passaram dias inteiros no circuito, dormindo nas ruas para garantir um bom ponto de venda e fazer a alegria dos foliões. O esforço, no entanto, nem sempre se traduz em lucro. No último dia oficial da folia, vendedores do Circuito do Campo Grande relatam dificuldades nas vendas e prejuízos causados pelas regras de comercialização.

Este ano, o aumento do preço das bebidas alcoólicas surpreendeu as pessoas e chegou até a viralizar na internet com a famosa frase do “liso, dorme”, não curte carnaval. Cervejas que eram encontradas facilmente em uma média de R$ 3,20 cada, estava saindo de 2 por R$ 12.

“As vendas foram ruins, porque entraram muitas cervejas de fora. A gente pega o kit certinho, tem as cervejas que a gente compra no depósito, tem um padrão. E eu achei o preço não estava legal porque assim, ficou quebrado. Cerveja duas por doze, fica um pouco difícil pra gente até passar troco, porque se fosse cinco reais e o preço no depósito fosse um preço menos, pra todo mundo ganhar de boa, mas o preço da cerveja não está legal não”, disse o vendedor Wilton ao Acorda Cidade.

Campo Grande - ambulantes
Foto: Sérgio Di Salles/Acorda Cidade

O prejuízo, segundo ele, foi inevitável. “Muito quebrado, é dinheiro, é troco quebrado, entendeu? Foi ruim mesmo a venda”, acrescentou Wilton.

Dona Iracy, também vendedora no circuito, compartilhou a mesma insatisfação. “Super fraco. Eu fui para o Furdunço na Barra, voltei pra casa com a cerveja. Eu não fiquei triste porque vim para o Campo Grande e vendi a cerveja aqui, mas fraquíssimo, o movimento muito fraco”, contou.

Ganhando muito menos do que esperava, ela ainda comentou que precisou adotar uma estratégia mais cautelosa para não acumular mais prejuízo. “Estou esperando que termine hoje e venda tudo. Ontem eu não comprei mercadoria, hoje que eu comprei, porque é o final. Trabalhei com o que tinha ontem, mesmo assim ainda sobrou, mas fraquíssimo”, lamentou.

Campo Grande - ambulantes
Foto: Sérgio Di Salles/Acorda Cidade

A ambulante Mariza também disse ao Acorda Cidade o quanto a venda foi prejudicada devido a falta de variedade para o folião.

Campo Grande - ambulantes
Foto: Sérgio Di Salles/Acorda Cidade

“Foi horrível, Carnaval aqui no Campo Grande está acabando, não teve nada 1h da manhã e a gente teve muito prejuízo. Está ruim também porque o pessoal procura a cerveja que não tem no isopor e fica ruim para nós. Só podemos vender a marca que patrocina o Carnaval”, explicou.

Veja o vídeo:

Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos canais no WhatsApp e YouTube e do grupo no Telegram.

Back To Top