O vereador Carlinhos Cabeção, que tomou posse no último dia 5 de novembro, usou a tribuna da Câmara Municipal de Feira de Santana nesta quinta-feira (5) para expressar sua insatisfação com a ausência de assessores e outros direitos do cargo. Em entrevista ao Acorda Cidade, ele relatou que, mesmo após um mês de mandato, ainda não teve nenhum de seus 13 assessores nomeados e enfrenta dificuldades para exercer plenamente suas funções.
“Eu acho que eu e Hélio Barreto, somos os únicos vereadores que não tem direito à assessoria, porque a gente já tem 30 dias aqui na casa, já passamos a lista das pessoas que vão ser nomeadas, e até agora a presidente não deu uma resposta. Eu dei o nome dos 13, então é o que eu tenho de direito, não estou pedindo nada a ninguém, estou pedindo o que eu tenho de direito”.
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Carlinhos afirmou estar trabalhando sem estrutura básica, o que inclui a ausência de um gabinete e até mesmo de um veículo oficial, situação que considera injusta.
“Infelizmente, estou trabalhando sem nada, até o carro que todos os vereadores têm direito não temos. Então eu acho que o Carlinhos Cabeção e o Hélio Barreto também deveriam ter, né?”, questionou.
Segundo o vereador, a presidente da Câmara, Eremita Mota, tem adiado a nomeação de assessores e a entrega de outras condições de trabalho. “Ela diz que vai resolver, vai resolver, hoje, amanhã, hoje, amanhã, um jogo de empurra. Aí fica o tempo todo, acho que está ganhando tempo para não conseguir nomear ninguém”, declarou.
Com o recesso legislativo se aproximando, o vereador teme que a situação não seja resolvida a tempo. “Eu acho que só faltam dez dias (para o recesso). Eu creio que não terei direito a nada, mas fazer o quê, entrega a Deus”, afirmou.
Apesar de já ter recebido o primeiro salário, o vereador disse ao Acorda Cidade que tem dividido parte do valor com colaboradores informais que o ajudam diariamente. “Eu tive que dividir com os assessores, porque eu tenho um que me traz todo dia, ele precisa também, do combustível, do estacionamento, tudo isso aí, quem paga é o vereador. Eu não tenho carro, eu estou rodando de uber, de aplicativo”, acrescentou o vereador.
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As informações são do repórter Paulo José do Acorda Cidade
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