Por Robson Wagner
CEO da W4 Comunicação
É preciso coragem – ou talvez uma dose de masoquismo – para ser torcedor do Bahia nos dias de hoje. Com o time jogando por uma vaga na Libertadores, o que deveria ser motivo de orgulho vira um misto de ilusão e sofrimento. Vai um bando de iludidos para a Arena Fonte Nova, como se não soubessem o roteiro: sofrimento, desgosto e, no final, a velha desculpa de que “um dia vai melhorar”.
No passado, a justificativa era a falta de dinheiro ou elenco. Hoje, o problema parece ser outro: falta de vergonha. Um time recheado de jogadores descompromissados, que entram em campo como se estivessem fazendo um favor à torcida.
Enquanto isso, os torcedores do Bahia, especialistas em viver de memórias e iludir a si mesmos, aproveitam para curtir com a cara dos rubro-negros, mesmo sem ter moral para isso. Afinal, quem torce para um time que flerta com a mediocridade e ainda corre o sério risco de terminar atrás do Vitória, deveria pensar duas vezes antes de brincar com a desgraça alheia.
A pergunta que fica é: será que é amor ao clube ou puro masoquismo? Porque torcer para o Bahia, ultimamente, parece mais um ato de resistência do que paixão. Que venha a próxima rodada – e o próximo sofrimento.
Por Robson Wagner/ CEO da W4 Comunicação
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