O desempenho eleitoral do Partido dos Trabalhadores nas eleições desse ano pode ser chamado de desastroso. Foram 254 prefeitos eleitos em todo país. Na Bahia, se o governador Jerônimo Rodrigues não colocasse a máquina em campo, poderia ser ainda pior.
Mesmo que a legenda de Lula consiga sair vitoriosa em alguma cidades no segundo turno, não conseguirá superar o desempenho de 2016. Naquele ano, considerado o mais desgastante da história do PT, onde a então presidente Dilma Houssef sofreu impeachment, o grupo elegeu 254 gestores municipais.
Esse ano, nem mesmo a região Nordeste conseguiu render bons números. Das nove capitais, 5 decidiram a eleição no primeiro turno. Nenhum petista raiz ganhou. Apenas no Recife (PE), o candidato João Campos, que foi apoiado pelo PT, levou a melhor.
O PT perdeu de goleada em Salvador (BA) , Maceió (AL), São Luís (MA) e Teresina (PI). Em Aracaju (SE) e em João Pessoa (PB), o PT amargou a quarta colocação. Natal (RN) e Fortaleza (CE) o partido de Lula chega ao segundo turno, mas não é considerado favorito.
Para completar, o PL, partido de Jair Bolsonaro, conseguiu eleger esse ano 512 prefeitos. Foram 168 a mais em relação ao ano de 2020. O dobro que o PT. Se isso não é um recado, o que seria?