Em agosto de 2024, a produção industrial (transformação e extrativa mineral) da Bahia, ajustada sazonalmente, registrou avanço de 0,8% em comparação ao mês imediatamente anterior, após dois meses com quedas consecutivas de -5,7% e -2,3%. Na comparação com agosto de 2023, a indústria baiana assinalou aumento de 5,6%. No período de janeiro a agosto de 2024, o setor cresceu 2,5%, e no indicador acumulado dos últimos 12 meses teve aumento de 2,5%, todas as comparações em relação ao mesmo período anterior. As informações fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
Na comparação de agosto de 2024 com igual mês do ano anterior, o crescimento de 5,6% foi puxado por cinco das 11 atividades pesquisadas. O segmento de Derivados de petróleo (12,3%) registrou a maior contribuição positiva, devido ao aumento na produção de óleo diesel e óleo combustível. Outros segmentos que registraram crescimento foram: Produtos químicos (21,5%), Produtos de borracha e material plástico (13,1%), Máquinas, aparelhos e materiais elétricos (41,4%) e Bebidas (8,4%). Por sua vez, Produtos alimentícios (-8,3%) exerceu a principal influência negativa no período, explicada especialmente pela menor fabricação de óleo de soja refinado, pasta de cacau e carnes e miudezas de aves congeladas. Outros resultados negativos no indicador foram observados em Indústria extrativa (-13,0%), Metalurgia (-2,1%), Celulose, papel e produtos de papel (-5,9%), Produtos de minerais não metálicos (-4,6%) e Couro, artigos para viagem e calçados (-8,3%).
“Em agosto, podemos destacar três setores em expansão na indústria baiana. Em primeiro lugar, a produção de derivados de petróleo com aumento na produção de combustíveis, seguido por borracha e plástico, devido a maior fabricação de pneus e insumos para construção civil. E os produtos químicos, que apresentam uma retomada forte este ano, com três meses seguidos de expansão, depois de registrar queda de 10% em 2023”, explica a economista da SEI Carla Nascimento.