ITABUNA: Wilma Oliveira é a única mulher eleita entre 21 vereadores

A Câmara de Vereadores de Itabuna teve apenas Wilma Oliveira (PCdoB), como a única mulher eleita entre seus 21 membros no legislativo da cidade. Ela foi reeleita com 2.770 votos e ficou na terceira posição entre os mais votados.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), houve um crescimento de 13% no número de mulheres eleitas para câmaras municipais entre 2020 e 2024 ao nível nacional. No entanto, Itabuna não seguiu essa tendência, já que Wilma permanece sendo a única mulher na casa legislativa.

A vereadora triplicou sua votação em relação ao pleito anterior, alcançando uma das cinco maiores votações da história da cidade e a maior já obtida por uma mulher. Além disso, Wilma se tornou a primeira vereadora reeleita em Itabuna desde a redemocratização. A segunda candidata feminina mais votada ficou distante, na 32ª posição.

Mandato

Servidora pública municipal e presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Itabuna (Sindserv) por três mandatos, Wilma falou sobre sua reeleição. “Estou feliz com o reconhecimento e a confiança dos eleitores, mas frustrada por continuar sendo a única mulher na Câmara. Meu desejo era que outras mulheres se juntassem a mim para fortalecermos a luta por pautas femininas”, afirma.

 

“No primeiro mandato, me senti isolada na defesa dos direitos das mulheres e na busca por políticas públicas voltadas para nós. Vou continuar essa luta, infelizmente sozinha, mas com grande empenho e responsabilidade de representar as mulheres itabunenses”, disse Wilma.

Para Karla Ramos, diretora de formação da União Brasileira de Mulheres (UBM) e doutoranda em Mulheres, Gênero e Feminismo pela UFBA, a baixa representatividade feminina nas câmaras municipais é um desafio presente em boa parte dos municípios brasileiros. “Incluir mais mulheres nos espaços de poder é essencial para que possamos ter leis e políticas públicas que atendam às nossas demandas. A presença feminina nas câmaras é crucial para garantir que as nossas vozes sejam ouvidas e respeitadas”, disse.

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