Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana promove mutirão de endoscopia e colonoscopia no Hospital Dom Pedro

mutirão endoscopia feira de Santana
Foto: Ed Santos / Acorda Cidade

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Feira de Santana realizou neste sábado (8) mais um mutirão de saúde. Desta vez, os atendimentos especializados foram para a realização de endoscopias e colonoscopias. O evento aconteceu no Hospital Dom Pedro de Alcântara, unidade que é mantida pela Santa Casa de Feira.

A ação é mais uma iniciativa para zerar a fila de exames ainda nos primeiros 100 dias da nova gestão. Esta foi uma promessa de campanha do então candidato, agora atual prefeito, José Ronaldo (União Brasil).

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Foto: Ed Santos / Acorda Cidade

“Ouvi uma senhora dizer que tinha três anos aguardando para realizar esse exame. Nosso compromisso de, em 100 dias, zerar a fila continua. O trabalho continua. Esse é um trabalho que está sendo coordenado pelo secretário de Saúde, doutor Rodrigo, e toda a sua equipe. Essas pessoas antes se deslocavam para Salvador para poder fazer esse tipo de exame. Nós fizemos uma parceria, estamos realizando aqui e vamos continuar a realizar, com fé em Deus”, disse o prefeito José Ronaldo.

Sem grandes deslocamentos

Em entrevista ao Acorda Cidade, o secretário de Saúde de Feira de Santana, o médico Rodrigo Matos, reforçou a importância da realização desse procedimento na própria cidade do paciente, evitando assim o deslocamento até a capital. Ele celebrou a parceria feita entre a Santa Casa e o município.

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Rodrigo Matos, secretário de Saúde de Feira de Santana | Foto: Ed Santos / Acorda Cidade

“A determinação do prefeito é que a gente pudesse fazer esse estudo de viabilidade para que esses procedimentos fossem feitos aqui. E eu vou te dizer: está muito mais barato fazer dentro de Feira de Santana e muito mais cômodo tanto para a rede de saúde como para o paciente e a família. Fizemos parcerias, dialogando para construir pontes para avançar a saúde de Feira de Santana e, desta forma certamente, a população recebe um atendimento que é digno, que merece e que tem direito”, disse o secretário.

Tecnologia de ponta

Outro ponto que o chefe da pasta da Saúde ressaltou foi a qualidade dos equipamentos que foram utilizados durante os exames. Matos explicou que muitas unidades hospitalares na Bahia não contam com equipamentos semelhantes aos que foram utilizados no mutirão.

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Foto: Ed Santos / Acorda Cidade

“Esses equipamentos são acoplados à inteligência artificial (I.A.). Ou seja, lesões pequenas são analisadas pela inteligência artificial para identificar se são mais ou menos sugestivas de câncer. Isso aumenta a chance de identificação de lesões menores. Não estamos apenas fazendo um exame de imagem, mas utilizando essa tecnologia, que volto a dizer, é a única no SUS de Feira de Santana, para que possamos não só fazer o exame, mas também realizar as abordagens terapêuticas e intervencionistas necessárias”, disse Matos.

Uma grande ação social

O médico endoscopista Vitor Galvão é coordenador da equipe de endoscopia do Hospital Dom Pedro e integra a equipe do Centro de Hemorragia Digestiva do Interior, que fica no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA). Em entrevista ao Acorda Cidade, o profissional detalhou a importância do mutirão.

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Vitor Galvão, coordenador da equipe de endoscopia do Hospital Dom Pedro | Foto: Ed Santos / Acorda Cidade

“É na verdade uma grande ação social, pois o mutirão traz uma benesse enorme para os pacientes, porque visa prestigiar aquelas pessoas que já estão na fila de espera há anos. São pacientes um pouco mais complexos, com a saúde um pouco mais fragilizada, idosos acima de 60 anos, pacientes que já tiveram infarto, que têm algumas doenças associadas e que fazem com que esses exames sejam mais seguros se feitos em um hospital e com assistência de um anestesiologista”, disse.

Galvão lembrou que os procedimentos foram realizados por profissionais especializados e credenciados pela Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva. Ele também reforçou que os equipamentos trazem tecnologia para facilitar o reconhecimento de qualquer lesão para ajudar de forma mais rápida no diagnóstico.

“Os desafios são vários, mas com boa vontade de todas as partes, conseguimos aos poucos solucionar cada um dos entraves. Estamos prontos para atender a população e para poder oferecer muita segurança. Existe toda a estrutura necessária para se realizar uma endoscopia e uma colonoscopia com segurança”, disse o coordenador.

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Foto: Ed Santos / Acorda Cidade

A anestesia

Um dos requisitos primordiais para que os exames sejam realizados da melhor forma possível é a tranquilidade do paciente e para ajudar neste ponto a sedação é uma verdadeira aliada. Durante os exames, os pacientes foram anestesiados para garantir que a endoscopia ou a colonoscopia fosse realizada sem nenhuma dificuldade. A médica anestesista Camila Souza detalhou como funciona o procedimento.

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Camila Souza, médica anestesista | Foto: Ed Santos / Acorda Cidade

“A gente primeiro entrevista o paciente previamente para saber quais doenças ele tem, seu passado cirúrgico, seu histórico de comorbidades, para entender onde esse paciente se encaixa e qual anestésico vamos utilizar. Então, a gente primeiro faz a consulta pré-anestésica e depois, em sala, seguimos com a sedação”, disse Camila.

A anestesista ressaltou que, durante o exame, o médico endoscopista está focado nos procedimentos e por isso deve existir junto com ele um profissional dedicado a monitorar o paciente durante o período em que ele está em uma espécie de sono mais profundo.

“O procedimento incomoda, porque é o aparelho passando pela boca, então realmente incomoda. A gente seda o paciente para ele não sentir nada. Primeiro, pegamos uma veia, depois aplicamos o anestésico. O paciente cochila, tira um soninho revigorante e acorda com o procedimento feito com segurança”, disse a anestesista.

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Foto: Ed Santos / Acorda Cidade

A espera acabou

Para a feirense Marina Correia Ribeiro, o mutirão chegou em boa hora. Ela contou em entrevista ao Acorda Cidade que sentia muito enjoo e foi recomendada por um médico a realização do exame. Ela tenta realizar pelo SUS desde 2023.

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Marina Correia Ribeiro, paciente | Foto: Ed Santos / Acorda Cidade

“Eu fui para a Secretaria, voltei. Quando foi no mutirão do bairro Tomba, eu cheguei lá e agendei. Me chamaram agora. Espero que não dê nada grave. Vou ficar feliz. Eu já fiz esse exame há muito tempo. O importante é que chegou na hora certa. Nós estamos precisando”, concluiu Marina.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

Reportagem escrita pelo estudante de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão 

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