Na última quarta-feira (29), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) divulgou a criação de um grupo de trabalho com a Embaixada dos Estados Unidos em Brasília. A decisão foi tomada a fim de trocar informações sobre a situação dos voos dos brasileiros deportados e também garantir a segurança e tratamento digno dos passageiros.
A necessidade dessa decisão ocorreu por conta da crise dos deportados. Nos primeiros dias de governo de Donald Trump já foi iniciado o combate à imigração ilegal, um dos focos principais da sua campanha como presidente. No entanto, no último fim de semana, alguns brasileiros que estavam ilegalmente nos EUA foram deportados e chegaram ao Brasil algemados e acorrentados, o que resultou em uma revolta nacional pelo tratamento desnecessário. A situação piorou após eles alegarem ter sofrido agressões durante o voo.
Vários voos com deportados estão saindo dos EUA para diferentes países desde que Trump anunciou uma série de medidas contra a imigração ilegal. E no Brasil, foram 88 deportados que chegaram algemados e acorrentados, o que causou atrito entre o governo brasileiro e o novo governo de Trump.
Segundo a declaração do Itamaraty, a criação do grupo de trabalho tem o objetivo de “aprimorar a operacionalização de voos de retorno de brasileiros” e também já foi estabelecida uma linha direta de comunicação entre os membros do grupo para acompanhar os próximos voos em tempo real.
Confira a publicação do Itamaraty:
Em reunião realizada hoje, 29/1, o MRE e a Embaixada dos EUA em Brasília acordaram a criação de Grupo de Trabalho para trocar informações e aprimorar a operacionalização de voos de retorno de brasileiros, garantindo a segurança e o tratamento digno e respeitoso dos passageiros.
— Itamaraty Brasil
(@ItamaratyGovBr) January 29, 2025
Matéria escrita pela estudante de jornalismo Rafaela Paim sob supervisão da jornalista Jaqueline Ferreira
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