A Missa de 7º dia de Gilmário Moreira da Silva, o popular “Gil Boca de Traíra”, foi celebrada na tarde desta quarta-feira (29) na Catedral Metropolitana de Feira de Santana. A celebração, presidida pelo arcebispo emérito Dom Itamar Vian, reuniu diversos amigos e familiares de um dos ouvintes mais assíduos do programa Acorda Cidade. Gil era reconhecido pela alegria e vontade de viver.
“O pai nos deixou um legado muito importante. A primeira coisa era o amor, a união da família, sempre. Muito amigável, eu chamava ele de coroa, velho teimoso, velho sem freio. Era o tempo todo assim. Na verdade, ele era quase uma mãe pra mim”, disse Dalila Moreira, filha de Gilmário.
Um legado de alegria
A filha de Boca de Traíra revelou que a família realizou um desejo muito antigo do pai: fazer o enterro dele com festa. E eles cumpriram o pedido que chegou até ser documentado. Apesar de toda a dor do momento de luto, Gilmário encerrou sua passagem na Terra da forma como sempre foi reconhecido: com alegria. A despedida teve fogos de artifício, festa, comida e muita música ao vivo.
“Ele sempre deixou eu e minhas irmãs preparadas para isso, ele queria dessa forma. Já tínhamos conhecimento do testamento. Quando aconteceu o falecimento, na madrugada mesmo, a gente tentou se organizar com as coisas que tinham para fazer. Pela manhã, um irmão foi fazer uma coisa, outro irmão foi fazer outra, no fim, realmente tudo aconteceu da forma que Deus determinou e que ele pediu que fosse”, disse o filho Rizomário Lobo.
Uma figura marcante
Em entrevista ao Acorda Cidade, o filho de Gil lembrou que o pai era um ouvinte assíduo do programa comandado pelo âncora Dilton Coutinho. Rizomário contou que sente como se o pai permanecesse vivo dentro do próprio coração.
“A ficha não caiu e não vai cair tão fácil. Muitas vezes ele ia para Bonfim no sábado e voltava no domingo à noite ou na segunda de manhã. E, neste final de semana, ainda ficamos naquela expectativa de ele chegar, de ligar, de mandar uma mensagem no WhatsApp. A família toda hora está falando no grupo de WhatsApp esperando um ‘oi’ dele, um ‘boa tarde’, um ‘boa noite’, uma brincadeira, uma risada ou algo assim que ele fazia”, concluiu Rizomário.
Personalidade ímpar
Gilmário Moreira era um dos grandes representantes do distrito de Bonfim de Feira. Ele trabalhou por cerca de 40 anos no Fundo Nacional da Saúde (Funasa) e era um grande amante da seresta. Ele morreu aos 75 anos no último dia 23.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade
Reportagem escrita pelo estudante de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão
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