Neste final de semana, Feira de Santana deixou de lado temporariamente o título de Princesa do Sertão e passou a ser reconhecida como a Rainha da Cultura Geek. A Game Con chegou à 10ª edição com fôlego e muita energia, sendo um evento pra lá de divertido que reúne apaixonados pela cultura pop, anime e games.
O evento
O evento acontece tradicionalmente em um final de semana e, nesta edição, está sendo realizado no Centro de Cultura Amélio Amorim, das 13h às 22h. Na programação, há mesas para jogos, fliperama, pista para jogos de dança, espaços para cosplay e lojas para a venda de itens temáticos.
Uma das grandes novidades deste ano foi a participação de Matheus Perissé, dublador famoso no universo dos animes, que deu vida, ou melhor, voz a Ash Ketchum, personagem principal do anime Pokémon.
Em entrevista ao Acorda Cidade, o dublador falou sobre a satisfação de ter dedicado pouco mais de quatro anos de sua vida dublando o personagem principal de uma franquia tão famosa no Brasil.
“Ele ensina muito. Acredito que seja um personagem que tem muitas camadas e muita profundidade, mas a maior lição é de sempre persistir e acreditar nos seus sonhos. É uma coisa com a qual eu me identifico muito, pois também sou uma pessoa que tenta seguir pelo mesmo caminho, com muita doçura e gentileza, igual a ele”, disse Matheus.
O Anime
A franquia foi lançada em 1995. O enredo central da história está na convivência entre pessoas e criaturas ficcionais chamadas Pokémon, que são capturados por humanos e treinados para lutarem contra outros Pokémon.
Quem nunca viu o Pikachu? Um personagem animado, amarelinho, simpático e um bom companheiro. Se engana quem pensa que é o Bob Esponja. Pikachu é o amigo inseparável de Ash, um dos inúmeros ingredientes que fazem o anime tão especial.
“Diferente de muitos grandes animes onde o foco é literalmente ser o mais forte, no sentido mais físico e bruto, Pokémon segue por outro caminho. Ele traz reflexões humanas muito interessantes sobre momentos da vida, mas com leveza. É um anime que faz sucesso de uma maneira diferente, pela maneira gentil de conduzir e contar a história de cada um. Trata-se de não desistir, de acreditar em quem é desacreditado pelos outros. Acho que essa energia que permeia o anime é muito bonita e valiosa”, afirmou Matheus.
Versão Brasileira: Herbert Richards
É muito provável que a memória afetiva seja acionada ao ouvir “Versão brasileira: Herbert Richards”. A frase faz o dublador revisitar um passado não tão distante, quando fazia parte de um dos estúdios mais famosos do Brasil. Matheus começou a fazer dublagem aos 9 anos.
“Fiz curso por quase um ano com Marlene Costa, Flávia Sadi, Fernanda Barone, grandes nomes da dublagem brasileira. Aprendi muito com elas e com outros profissionais nesse mercado, onde vivo até hoje, já há 21 anos, fazendo isso com muito carinho, amor e dedicação”, contou o dublador.
Em casa
Mesmo Pokémon sendo um sucesso, há quem prefira outros animes. Allysson Silva Santos Araújo contou ao Acorda Cidade que gosta da franquia Pokémon, mas, por uma questão de enredo, prefere outro anime, o Digimon. O estudante de engenharia disse que se sente muito à vontade no meio geek.
“É um mundinho onde tem todo mundo que se parece comigo. Essa é a minha motivação. Todos os anos eu estou aqui. Eu gosto bastante. É um momento extremamente especial, porque encontro outras pessoas, conheço pessoas novas que gostam das mesmas coisas que eu, e fico muito feliz com isso”, concluiu Allysson.
Confira outras fotos do evento
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
Reportagem escrita pelo estudante de jornalismo Jefferson Araújo sob supervisão
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